Daí que durante um bate papo público no Twitter com alguns amigos, encontrei o que estava faltando para a minha noite (apesar dos dois trabalhos e do seminário que tenho pra essa quinta-feira): banhar meus pés no oceano da genialidade com Miles Davis, com seu disco Kind of Blue(1959). Em um documentário, ouvi Carlos Santana falar uma verdade sobre esse álbum: Impressionante como alguém entra em um estúdio com tão poucos recursos, e sai de lá com o infinito. Santana, naturalmente, estava falando numericamente quando se referiu aos poucos recursos. Isso porque, além do próprio Davis, o time que gravou o álbum é nada mais, nada menos, que: Julian "Cannonball" Adderley, Paul Chambers, James Cobb, Wynton Kelly, Bill Evans e... e John Coltrane.
Estava o papo no twitter em Cássia Eller, Janis Joplin, Billie Holiday e Ella Fitzgerald, quando daí fomos para o msn.
No início desse ano comprei uma edição especial em comemoração aos 50 anos do Kind of Blue(foto), com dois CDs, um DVD e ainda uma camiseta de brinde, com faixas alternativas que não saíram no álbum original, um mini documentário, galeria de fotos e tudo o mais. E o mar é mais profundo... os temas desse álbum, que é o mais vendido da história do Jazz, eram apenas esboços que foram desenvolvidos poucas horas da gravação final... sendo todas as faixas as primeiras takes de cada uma delas. Genial! Tem uma história sobre Gabriel García Marquez que não sei se é verdadeira. Dizem que todos os seus livros foram escritos "de primeira", na máquina de escrever. Pouco importa se é verdade...
Tem uma edição especial parecida com essa também do grande pianista Dave Brubeck, com dois CDs e um DVD...
Nesse exato momento, está tocando Blue in Green.... aumentei o volume, não querendo saber se o vizinho irá acordar... isso, claro, porque eu estou acordado... bem acordado.
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