quarta-feira, dezembro 19, 2007

O Prefeito
Ton Oliveira

Mamãe, agora eu quero ser prefeito
Garanto que vou me candidatar
Do jeito que já sei mentir bastante
Acho que de hoje em diante minha vida vai mudar

Pra quem me apoiar eu dou abraço
Se falar mal de mim eu dou dinheiro e ele muda
E vai ficar tudo do mesmo jeito
Se eu ganhar para prefeito
É o mesmo "deus-nos-acuda"

E vai ficar tudo do mesmo jeito
Se eu ganhar para prefeito
É o mesmo "deus-nos-acuda"

É a cidade esburacada (ai ai ai)
E o povo vivendo mal (ui ui ui)
Mas quando a coisa ficar preta
Eu invento uma micareta
E faço aquele carnaval

Trago um conjunto da Bahia (ai ai ai)
Pago mais do que ele merece (ui ui ui)
Se pagar 100, digo que foi 500
Desviando os 400 meu saldo banqueiro cresce

Aí o povo esquece tudo (ai ai ai)
E no embalo desse som (ui ui ui)
A cidade fica feliz
E ainda tem gente que diz:
"Eita, que prefeito bom!"

A cidade fica feliz
E ainda tem gente que diz:
"Eita, que prefeito bom!

terça-feira, dezembro 18, 2007

Achei um ótimo blog, com dezenas de Álbuns para baixar de samba, mpb, chorinho e tudo o mais, inclusive tem o filme sobre Cartola para baixar também. O endereço é http://capsuladacultura.com.br/blog/

Bar ruim é lindo, bicho.

Antônio Prata

Eu sou meio intelectual, meio de esquerda, por isso freqüento bares meio ruins. Não sei se você sabe, mas nós, meio intelectuais, meio de esquerda, nos julgamos a vanguarda do proletariado, há mais de 150 anos. (Deve ter alguma coisa de errado com uma vanguarda de mais de 150 anos, mas tudo bem). No bar ruim que ando freqüentando nas últimas semanas o proletariado é o Betão, garçom, que cumprimento com um tapinha nas costas acreditando resolver aí 500 anos de história. Nós,meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos ficar "amigos" do garçom, com quem falamos sobre futebol enquanto nossos amigos não chegam para falarmos de literatura. "Ô Betão, traz mais uma pra gente", eu digo, com os cotovelos apoiados na mesa bamba de lata, e me sinto parte do Brasil. Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos fazer parte do Brasil, por isso vamos a bares ruins,que tem mais a cara do Brasil que os bares bons, onde se serve petit gateau e não tem frango à passarinho ou carne de sol com macaxeira que são os pratos tradicionais de nossa cozinha. Se bem que nós, meio
intelectuais, quando convidamos uma moça para sair pela primeira vez, atacamos mais de petit gateau do que de frango à passarinho, porque a gente gosta do Brasil e tal, mas na hora do vamos ver uma europazinha bem que ajuda. A gente gosta do Brasil, mas muito bem diagramado. Não é qualquer Brasil. Assim como não é qualquer bar ruim. Tem que ser um bar ruim autêntico, um boteco, com mesa de lata, copo americano e, se tiver porção de carne de sol, a gente bate uma punheta ali mesmo.

Quando um de nós, meio intelectuais, meio de esquerda, descobre um novo bar ruim que nenhum outro meio intelectual, meio de esquerda freqüenta, não nos contemos: ligamos pra turma inteira de meio intelectuais, meio de esquerda e decretamos que aquele lá é o nosso novo bar ruim. Porque a gente acha que o bar ruim é autêntico e o bar bom não é, como eu já disse. O problema é que aos poucos o bar ruim vai se tornando cult, vai sendo freqüentado por vários meio intelectuais, meio de esquerda e universitárias mais ou menos gostosas. Até que uma hora sai na Vejinha como ponto freqüentado por
artistas, cineastas e universitários e nesse ponto a gente já se sente incomodado e quando chega no bar ruim e tá cheio de gente que não é nem meio intelectual, nem meio de esquerda e foi lá para ver se tem mesmo artistas, cineastas e universitários, a gente diz: eu gostava disso aqui antes, quando só vinha a minha turma de meio intelectuais, meio de esquerda, as universitárias mais ou menos gostosas e uns
velhos bêbados que jogavam dominó. Porque nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos dizer que freqüentávamos o bar antes de ele ficar famoso, íamos a tal praia antes de ela encher de gente, ouvíamos a banda antes de tocar na MTV. Nós gostamos dos pobres que estavam na praia antes, uns pobres que sabem subir em coqueiro e usam sandália de couro, isso a gente acha lindo, mas a gente detesta os pobres que chegam depois, de Chevete e chinelo Rider. Esse pobre não, a gente gosta do pobre autêntico, do Brasil autêntico. E a gente abomina a Vejinha, abomina mesmo, acima de tudo.

Os donos dos bares ruins que a gente freqüenta se dividem em dois tipos: os que entendem a gente e os que não entendem. Os que entendem percebem qual é a nossa, mantém o bar autenticamente ruim, chamam uns primos do cunhado para tocar samba de roda toda sexta-feira, introduzem bolinho de bacalhau no cardápio e aumentam em 50% o preço de tudo. Eles sacam que nós, meio intelectuais, meio de esquerda, somos meio bem de vida e nos dispomos a pagar caro por aquilo que tem cara de barato. Os donos que não entendem qual é a nossa, diante da invasão, trocam as mesas de lata por umas de fórmica imitando mármore, azulejam a parede e põem um som estéreo tocando reggae. Aí eles se fodem, porque a gente odeia isso, a gente gosta, como já disse algumas
vezes, é daquela coisa autêntica, tão brasileira, tão raiz.

Não pense que é fácil ser meio intelectual, meio de esquerda, no Brasil! Ainda mais porque a cada dia está mais difícil encontrar bares ruins do jeito que agente gosta, os pobres estão todos de chinelo Rider e a Vejinha sempre alerta, pronta para encher nossos bares ruins de gente jovem e bonita e a difundir o petit gateau pelos quatro
cantos do globo. Para desespero dos meio intelectuais, meio de esquerda, como eu que, por questões ideológicas, preferem frango a passarinho e carne de sol com macaxeira (que é a mesma coisa que mandioca mas é como se diz lá no nordeste e nós, meio intelectuais, meio de esquerda, achamos que o nordeste é muito mais autêntico que o
sudeste e preferimos esse termo, macaxeira, que é mais assim Câmara Cascudo, saca?).

- Ô Betão, vê um cachaça aqui pra mim. De Salinas quais que tem?

sábado, dezembro 15, 2007

Quem apareceu no Jô hoje foi Fernanda Montenegro, falar sobre algo que não sabia e que até agora estou dando pulinhos de preparo para saltos mortais, de alegria e de ansiosidade: O romance O Amor nos Tempos do Cólera de Gabriel García Marquez, virou filme.
Inclusive já foi apresentado no Festival do Rio, e, segundo minhas pesquisas, vai estrear dia 28 desse mês no Brasil. Espero que venha pra... Guarabira? Não, pois Guarabira não tem cinema, mas para João Pessoa.
Esse foi o primeiro romance que lí de Gabriel García Marquez, e de cara pensei: isso daria um bom filme. Bem, na verdade, nessa onda de transformar bestseller em filme, pensei: Nesses dias vão fazer um filme de cem anos de solidão, vai ser uma merda. Aí arrematei: Mas O Amor nos Tempos do Cólera podia rolar.
Agora é esperar pra ver. Quer dizer, esperar pra viajar pra ver.

Segue um trailer do filme.

sexta-feira, dezembro 14, 2007


Dia 22 de Dezembro, o poeta guarabirense Chico Pedrosa estará novamente se apresentando em sua terra natal, no Colégio da Luz. Por motivos que não me são estranhos, Guarabira não dá a metade do valor que o resto do país dá ao Poeta, que é renomado nacionalmente e uma referência da poesia regional, sendo gravado por, entre outros, Cordel do Fogo Encantado. O livro dele que eu tenho - Sertão Caboclo - é prefaciado por Jessier Quirino.
E sua última apresentação aqui comprovou isso: umas 30 pessoas e um bêbu véi aperriando. Mas, vamos que vamos, cancelei um provável programa para ficar e assistir ao espetáculo.

Essa poesia se chama:

A infância com meus pais.

Sua infância foi risonha?
Calma, não responda agora.
Por favor, não a exponha,
Que vai chegar sua hora.
A minha foi meio ingrata
Tipo caldo de batata
Sem substância nenhuma
Infância desenxabida
Dessas coisas que na vida
Pobre só aguenta uma

Minha escola foi o campo
Minha caneta a enxada
Meu brinquedo o pirilampo
Vigilante da baixada
Armei pedra de quixó
Cacei preá e mocó
Atirei de baleira
Cavei peba em tabuleiro
E tirei enxu verdadeiro
Nas moita da capoeira

Todo tipo de doença
Que se contrai na infância
Sofri por indiferença
Da nossa ignorância
Mamãe era benzedeira
Rezava olhado e papeira
Dor de dente, bucho inchado
Febre, espinhela caída
Inchação, tosse comprida
Arroto choco e puxado

Cresci na fralda da serra
Ouvindo a voz do vaqueiro
Que pega, derruba e ferra
Pra seu patrão fazendeiro
Como um nativo da selva
Saía pisando a relva*
A caminho do roçado
Recebendo dos meus pais
Os conselhos naturais
Do meio em que fui criado

No fim do ano uma festa
E com ele uma roupa nova
Porque numa época desta
Os pais da gente dão prova
De solidariedade
Vão às loja da cidade
Compram terno e cinturão
Sapato, gravata e "cheiro"
E nos dão algum dinheiro
Pra o parque de diversão

Pra mim compraram um sapato
De solado de pneu
Couro grosso, bico chato
Fui calçar, ele não deu
Era menor que meu pé
Mamãe fez logo um banzé
Chamou meu pais de sovino
Ele pegou um compasso
E disse: inda hoje faço
Um sapato do menino

Pegou um taco de couro
Dum boi que seca matou
Disse: pise aqui, meu louro
Eu pisei, ele traçou
Sisudo, de cara feia
Cortou, enfiou correia
E achando a medida exata
Disse: vai ficar barato
Não fez umpar de sapato
Nem fez um par de alpargata

Fez um troço parecido
Com uma bainha de foice
Curvado, maio comprido
Um pouco estreito no coice
Se esqueceu do pé direito
Fez os dois do mesmo jeito
E sem admitir enganos
Me deu ordem pra calçar
Dizendo: saiba zelar
Que é sapato pra dez anos

E a minha roupa de festa?
Já compraram? Perguntei
Ele disse: ora esta
Não sabe que eu já comprei
Derna de segunda feira
E quem vai ser a costureira
Vai ser comadrer Dondom
Do riacho Pela-Gato
Que além de cobrar barato
Sabe costurar "raion"

Parece que estou vendo
Meu primeiro paletó
A velha Dondom cozendo
Usando uma vista só
Dondom era costureira
Nas horas vagas parteira
Embirrenta, malcriada
Ninca pegou numa escala
Dava uma volta na sala
Tava a medida tirada

Comigo ela fez assim
No dia que lhe entreguei
Um corte de pano ruim
Que de presente ganhei
A velha acendeu um facho
Me olhou e disse: Acho
Que você pode ir embora
Que daqui pra sexta feira
Eu emendo essa porqueira
Com fé em Nossa Senhora

E de fato emendou, pois
Outra coisa ela não fez
Na calça cabiam dois
No paletó mais de três
E a gravata e a camisa?
Meu pai disse: não precisa
Têm as do meu casamento
Há muitos anos guardada
Tão um pouco desbotada
Mas os pano é cem por cento

Mamãe lhe fez um apelo
Com muita diplomacia
Pra cortar o meu cabelo
Na antiga freguesia
Meu pai disse: eu não combino
O cabelo do menino
Só eu sei como é que presta
Sentou-me sobre um caixão
Agarrou um tesourão
E começou a cortar... da testa

Deixou a minha cabeça
Como um carneiro sem lã
Depois disse: não se esqueça
Que a festa é logo amanhã
A igreja tá caiada
A rua tá enfeitada
O carrossé já chegou
Inté o carramanchão
Onde vai ser o leilão
O padre já aprontou

Afinal chegou o dia
Doze do mês de dezembro
Festa de Santa Luzia
Ainda hoje me lembro
Eu calçado de alpergata
De paletó e gravata
Parecia um coroné
Entupido de gelada
Chamei minha namorada
Pra correr no corrossé

A concertina tocava
A música do assum preto
E o carrossé de carbureto
Num instante embalava
Um homem com um apito
Fazia sinal, e Benedito
Dava mais um empurrão.
E os casais de namorados
Agradeciam sentados
Por mais uma rotação

Sentei-me numa cadeira
Ao lado da namorada
Senti logo uma zonzeira
E a natureza enjoada
O carrossé embalou
Meu paletó se inflou
Ficou igual a um balão
A vista ficou escura
E o povo gritou: Segura,
Cabra do paletozão!

Vomitei toda gelada
Que antes havia bebido
E perdi minha namorada
Prum sujeito mais sabido
Fui me lavar num riacho
E quando passei por baixo
Dum poleiro, uma galinha
Abriu a porta traseira
E despejou a sujeira
Na minha bela roupinha

Pronto... Adoeci de novo
E agora? Que faço então?
Voltar pro meio do povo
desse jeito? Volto não
Tirei a roupa e lavei
sem sabão e pendurei
Numa rama de cipó
Lá pra alta madrugada
Veio uma vaca malhada
Comeu calça e paletó

Restou o par de alpargata
E a cueca samba-canção
A camisa e a gravata
Mas dinheiro... nem um tostão
A desgraçada da vaca
Comeu a última pataca
Deixei a festa e a farra
Toquei o pé no caminho
E no terreiro do ranchinho
Cheguei ao quebrar da barra

Cheguei como um fugitivo
Que foje duma cadeia
Cabisbaixo, pensativo
Com medo de levar peia
Contei o que se passou
Minha mãe acreditou
Pai entendeu muito mais
E para finalizar
Resolvi apresentar
Minha infância com meus pais

Labirinto

Ronaldo Cunha Lima

De tanto imaginar o meu porvir
e ao mesmo tempo abrir muitas estradas,
terminei suscitando encruzilhadas
e agora já não sei para onde ir.

Difícil iniciar e concluir
de uma só vez diversas caminhadas.
Havendo mais partidas que chegadas,
é mais racional o desistir.

Quanto mais e mais longos os caminhos,
mais constantes, também, são os espinhos,.
as dores, dissabores, tudo enfim.

Criando dentro d'alma um labirinto,
observo, afinal, e agora sinto
que eu mesmo me perdi dentro de mim.

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Graças ao empenho de alguns ilustres desconhecidos, tenho conseguido baixar todos os cds da coleção Folha Clássicos do Jazz. E tenho adorado. Mas eu descobri que eu tenho um ponto amarrado e que nunca vou me desamarrar. Esse ano eu conheci muita coisa relacionado a música: viajei pelo forró pé-de-serra, fui à MPB, dei uma passada por uns punks, escutei coisas antigas, dei um forte trago de Pink Floyd, uma segurada braba em Led Zeppelin, e soltei nos discos solos de John Lennon. Mas sempre volto e vou dos Beatles. Agora estou ouvindo Jazz, mas sempre, entre o intervalo de um e outro, entre um download e outro, escuto os Fab Fours.
Comprei as clássicas fotos que estão no Álbum Branco, umas das mais belas deles. Irei fazer quatro molduras e colocar no meu quarto. Mas, por incrível que pareça, as mais belas fotos dos Beatles foram tiradas no início da carreira, quando eles estavam em Hamburgo, pela então namorada do ex-baixista Stu Sutfliffe, Astrid Kirchherr. Eu as tenho aqui no computador.
Aí está o clipe de Hello Goodbye, do álbum Magical Mystery Tour.

http://www.youtube.com/watch?v=Qf2S7kKLtEQ

quarta-feira, dezembro 05, 2007

100 melhores discos da música brasileira

Esta é uma lista dos 100 melhores discos da música brasileira feita por estudiosos, produtores e conhecedores do assunto convocados pela revista Rolling Stone Brasil. A lista está na edição nº 13 de outubro.

Segue abaixo a lista dos discos com links pra download. Nem todos os links ainda estão ativos, paciência.

01. Acabou Chorare (Novos Baianos, 1972)
02. Tropicália ou Panis et Circencis (Vários, 1968)
03. Construção (Chico Buarque, 1971)
04. Chega de Saudade (João Gilberto, 1959)
05. Secos e Molhados (Secos e Molhados, 1973)
06. A Tábua de Esmeralda (Jorge Ben, 1972)
07. Clube da Esquina (Milton Nascimento & Lô Borges, 1972)
08. Cartola (Cartola, 1976)
09. Os Mutantes (Os Mutantes, 1968)
10. Transa (Caetano Veloso, 1972)
11. Elis & Tom (Elis Regina e Antônio Carlos Jobim, 1974)
12. Krig-Ha Bandolo (Raul Seixas, 1973)
13. Da Lama ao Caos (Chico Science & Nação Zumbi, 1994)
14. Sobrevivendo no Inferno (Racionais MC’s, 1998)
15. Samba Esquema Novo (Jorge Ben, 1963)
16. Fruto Proibido (Rita Lee, 1975)
17. Racional Volume 1 (Tim Maia, 1975)
18. Afrociberdelia (Chico Science & Nação Zumbi, 1996)
19. Cabeça Dinossauro (Titãs, 1986)
20. Fa-Tal - Gal a Todo Vapor (Gal Costa, 1971)
21. Dois (Legião Urbana, 1986)
22. A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado (Os Mutantes, 1970)
23. Coisas (Moacir Santos, 1965)
24. Roberto Carlos em Ritmo de Aventura (Roberto Carlos, 1967)
25. Tim Maia (Tim Maia, 1970)
26. Expresso 2222 (Gilberto Gil, 1972)
27. Nós vamos Invadir Sua Praia (Ultraje a Rigor, 1985)
28. Roberto Carlos (Roberto Carlos, 1971)
29. Os Afro-Sambas (Baden Powell, Quarteto em Cy e Vinícius de Moraes, 1966)
30. A Dança da Solidão (Paulinho da Viola, 1972)
31. Carlos, Erasmo (Erasmo Carlos, 1970)
32. Pérola Negra (Luis Melodia, 1973)
33. Caymmi e Seu Violão (Dorival Caymmi, 1959)
34. Loki? (Arnaldo Baptista, 1974)
35. Estudando o Samba (Tom Zé, 1976)
36. Falso Brilhante (Elis Regina, 1976)
37. Caetano Veloso (Caetano Veloso, 1968)
38. Maria Fumaça (Banda Black Rio, 1977)
39. Selvagem? (Os Paralamas do Sucesso, 1986)
40. Legião Urbana (Legião Urbana, 1985)
41. Meus Caros Amigos (Chico Buarque, 1976)
42. O Bloco do Eu Sozinho (Los Hermanos, 2001)
43. Refazenda (Gilberto Gil, 1975)
44. Mutantes (Os Mutantes, 1969)
45. Raimundos (Raimundos, 1994)
46. Chaos A.D. (Sepultura, 1993)
47. João Gilberto (João Gilberto, 1973)
48. As Aventuras da Blitz (Blitz, 1982)
49. Racional Volume 2 (Tim Maia, 1976)
50. Revolver (Walter Franco, 1975)
51. Clara Crocodilo (Arrigo Barnabé, 1980)
52. Cartola (Cartola, 1974)
53. O Novo Aeon (Raul Seixas, 1975)
54. Refavela (Gilberto Gil, 1977)
55. Nervos de Aço (Paulinho da Viola, 1973)
56. Amoroso (João Gilberto, 1977)
57. Roots (Sepultura, 1996)
58. Antônio Carlos Jobim (Tom Jobim, 1963)
59. Canção do Amor Demais (Elizeth Cardoso, 1958)
60. Gil e Jorge Ogum Xangô + D2 (Gilberto Gil e Jorge Ben, 1975)
61. Força Bruta (Jorge Ben, 1970)
62. MM (Marisa Monte, 1989)
63. Milagre dos Peixes + D2 (Milton Nascimento, 1973)
64. Show Opinião (Nara Leão, Zé Kéti e João do Vale, 1965)
65. Nelson Cavaquinho (Nelson Cavaquinho, 1973)
66. Cinema Transcendental (Caetano Veloso, 1979)
67. África Brasil (Jorge Ben, 1976)
68. Ventura (Los Hermanos, 2003)
69. Samba Esquema Noise (Mundo Livre S/A, 1994)
70. Getz/Gilberto Featuring Antônio Carlos Jobim (Stan Getz, João Gilberto e Antônio Carlos Jobim, 1963)
71. Noel Rosa e Aracy de Almeida (Aracy de Almeida, 1950)
72. Jardim Elétrico (Os Mutantes, 1971)
73. Angela Ro Ro (Angela Ro Ro, 1979)
74. Õ Blésq Blom (Titãs, 1989)
75. Tim Maia (Tim Maia, 1971)
76. A Bad Donato (João Donato, 1970)
77. Canções Praieiras (Dorival Caymmi, 1954)
78. Gilberto Gil (Gilberto Gil, 1968)
79. Álibi (Maria Bethânia, 1978)
80. Gal Costa (Gal Costa, 1969)
81. Psicoacústica (Ira!, 1988)
82. O Inimitável (Roberto Carlos, 1968)
83. Matita Perê (Tom Jobim, 1973)
84. Qualquer Coisa/Jóia (Caetano Veloso, 1975)
85. Jovem Guarda (Roberto Carlos, 1965)
86. Beleléu, Leléu, Eu (Itamar Assumpção e Banda Isca de Polícia, 1980)
88. Nada Como Um Dia Após O Outro Dia + D2 (Racionais MC’s, 2002)
89. Carnaval na Obra (Mundo Livre S/A, 1998)
90. Quem é Quem (João Donato, 1973)
91. Cantar (Gal Costa, 1974)
92. Wave (Tom Jobim, 1967)
93. Lado B, Lado A (O Rappa, 1999)
94. Vivendo e Não Aprendendo (Ira!, 1986)
95. Doces Bárbaros + D2 (Gil, Bethânia, Caetano e Gal, 1976)
96. A Sétima Efervescência (Júpiter Maçã, 1996)
97. Araçá Azul (Caetano Veloso, 1972)
98. Elis (Elis Regina, 1972)
99. Revolução por Minuto (RPM, 1985)
100. Circense (Egberto Gismonti, 1980)

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Estudante processa prefeitura por "zerar" em Micareta

Continuando com a série: Bizarrices jurídicas.


Revoltado por não ter conseguido beijar ninguém em um carnaval fora de época promovido pela Prefeitura de Guararapes do Norte (230 km de Rio Branco - Acre) no último mês de maio, o estudante universitário J. C. A. ajuizou uma ação judicial bastante inusitada. Ele foi à Justiça pedir indenização porque "zerou" na micareta.

JCA pediu indenização por danos morais, alegando que "após quase dez horas de curtição e bebedeira não havia conquistado a atenção de sequer uma das muitas jovens que corriam atrás de um trio elétrico". Ainda segundo o autor, que diagnosticou na falta de organização da Prefeitura a causa de sua queixa, todos os seus amigos saíram da festa com histórias para contar.

Em sua contestação, a Prefeitura de Guararapes do Norte ponderou tratar-se de "demanda inédita, sem qualquer presunção legal possível", porque não caberia a ela qualquer responsabilidade no sentido de "aliciar membros da festividade para a prática de atos lascivos, tanto mais por se tratar de comemoração de caráter familiar, na qual, se houve casos de envolvimento sexual entre os integrantes, estes ocorreram nas penumbras das ladeiras e nas encostas de casarões abandonados, quando não dentro dos mesmos, mas sempre às escondidas".

Apesar da aparente inconsistência da demanda judicial, por seus próprios méritos a ação ainda ganhou força antes de virar objeto de chacota dos moradores da cidade, em virtude do teor da réplica apresentada pelo autor, que contou com um parecer desenvolvido pelo doutrinador local Juvêncio de Farias, asseverando que "sendo objetiva a responsabilidade do Estado, mesmo que este não pudesse interferir na lascívia dos que festejavam, o estudante jamais poderia ter saído tão amuado de um evento público".

Ao autor da demanda, no entanto, como resultado de uma "aventura jurídica" que já entrou para o folclore do município, não restaram apenas consequências nocivas. Afinal, em que pese a sentença que deu cabo ao processo ter julgado a demanda totalmente improcedente, o estudante se saiu vitorioso após ter arranjado como namorada uma funcionária do setor de aconselhamento psicológico do município, que passou a freqüentar por indicação do próprio magistrado responsável pelo encaminhamento do caso.

Segundo a própria Municipalidade, tal acontecimento afetivo ocorreu sem nenhuma participação do Estado.
De Rodrigo Amaral Paula de Méo, da Gazeta Jurídica de Piracema Branca do Norte

domingo, dezembro 02, 2007

quinta-feira, novembro 29, 2007


Pra quem ainda não conhece, taí uma dica ótima: A Livraria do Senado. Livros sobre política, direito, literatura, história e legislação a preço de banana, e para alguns estados, com frete grátis.

http://www.seep.ws/

quarta-feira, novembro 28, 2007

Para os estudantes, de Direito ou não, recomendo a leitura do conto de Lima Barreta, Nova Califórnia, um bom retrato de como os valores e os conceitos mudam com facilidade.

PARAÍBA JAZZ FESTIVAL 2007

PROGRAMAÇÃO MUSICAL (MagShopping)

Quinta-feira (29/11/07)

20h00 às 21h00 - Alex Corezzi + Por um Trio - MG/PE
21h20 às 22h20 - Rodrigo Dominguez Trio - ARG
22h40 às 23h40 - noJazz - FRA

Sexta-feira (30/11/2007)

20h00 às 21h00 - Cinval Coco Grude - PE

21h20 às 22h20 - Deanna Witkowski - EUA

22h40 às 23h40 - Fernando Tarrés Quinteto - ARG

Sábado (01/12/2007)

20h00 às 21h00 - Fábio Costa - PE

21h20 às 22h20 - Chico Correa & Electronic Band - PB
22h40 às 23h40 - Alejandro Vargas - CUBA

CONFERÊNCIA (MagShopping, 30/11/07, das 10h às 13h)

1. Robert Singerman (Bureau Export Musique Française Nova
York- Consulado da França nos Estados Unidos)

2. Gloria Ochoa de Zabalegui (Casa Discográfica Producciones
Colibri - CUBA) - Projeto "JOJAZZ - El Joven Espíritu del Jazz Cubano"

3. Javier Fainzaig (FaroLatino - Argentina) - Distribuição
e internet;

4. Fernando Tarrés (Bau Records - Argentina) - Um dos mais
importantes músicos e agitadores culturais da Argentina reúne em seu
selo a nata do jazz portenho.


WORKSHOPS (MagShopping, 15h)

Quinta-feira (29/11/07)

Deanna Witkowski

Sexta-feira (30/11/2007)

Fernando Tarrés

A Folha de São Paulo lançou, já há algum tempo, uma coleção de clássicos de jazz. Adoraria comprar, mas o preço e indisponibilidade da coleção em minha cidade não permitiram. Então, não tive outra opção: Estou baixando todos os cds. E baixo mesmo, oras, se não fosse a internet e a divulgação ilegal de músicas em formato mp3 eu não conheceria um quarto dos artistas que conheço hoje. Até agora já baixei o cd de Nat King Cole e o de Herbie Hancock. Adorei os dois. Confesso que tinha um certo proconceito com o primeiro, decorrente dos enjoados comerciais da coletânea Som Livre, e esperava já os clássicos como When I Fall in Love, Mona Lisa e Unforgettable, tive surpresa que nenhum desses hits está no cd, que é um show ao vivo em Sands. Herbie Hancock não conhecia, mas estou adorando. Desde sempre gostei de música instrumental, e jazz instrumental então... Recomendo os dois. Estou baixando agora o cd de Louis Armstrong, agora é esperar pra ver se também foge ao óbvio.
Ah... e quem quiser baixar, o site é http://jazzerock.blogspot.com/, no blog, no lado direito em Post por categoria, é só escolher Coleção Folha: Clássicos do Jazz.

terça-feira, novembro 27, 2007


Por falar em pintura e em solidão, um dos meus pintores favoritos é Edward Hopper. Dá pra ver a solidão em suas telas, como nessa, por exemplo. Essa se chama Nighthwaks, uma de suas mais famosas telas.
Eu acho a solidão um tema elegantíssimo. Não sei se essa fascinação é mera identificação. Como na música de Roberto Carlos: "Se você pretende saber quem eu sou, eu posso lhe dizer (...) você vai pensar que eu não gosto nem mesmo de mim". Belíssimo.

segunda-feira, novembro 26, 2007


Estava lendo o blog de Fernando Meirelles - uma espécie de diário de filmagens de Blindness, versão cinematográfica de Ensaio sobre a cegueira, romance do português Nobel de Literatura José Saramago - quando ele fala das reproduções de quadros no citado filme, e fala que usou, entre outros, as telas de Lucian Freud não como inspiração, mas como cópias descaradas. Homenagem.
Não conhecia o neto de Sigmund Freud, fui pesquisar na internet e encontrei esse site http://www.artbarreiro.com/artistas/lucienfreud/Flash01/index.html, que traz algumas de suas telas. Achei interessante a forma descarada como ele retrata o nú: pessoas obesas, esqueléticas, closes pubianos. E cachorros, em duas telas há a presença de cachorros. Retratação da solidão? Vou me dedicar mais a pintura.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Lucian_Freud

terça-feira, outubro 23, 2007


Foi quando voltei do Congresso Brasileiro de Direito Constitucional e fui pesquisar sobre conceito de Justiça, que li sobre o relativismo de Kelsen. Comecei a ler O problema da Justiça, e estou desconstruindo uma imagem de Kelsen que tinha, não em relação ao ponto de vista do fracasso do positivismo, mas de um filósofo denso e complexo.
A negação a parte, ou melhor, ao mais importante núcleo de sua teoria, Pura do Direito, conseguiu ofuscar outros posicionamentos filosóficos seus. Algo que aconteceu com Carl Schmitt, que devido ao seu envolvimento com o nacional-socialismo, teve sua obra renegada até bem pouco tempo.
Vou tentar escrever algo até o dia 1º de novembro sobre o conceito de justiça para Hans Kelsen e inscrever na Semana "natalina" de Humanidades da Universidade, e, ao contrário do que alguns possam pensar, bem mais por interesse do que por vaidade.
O mundo jurídico, realmente, é mais divertido do que eu pensava.

Depois da clássica sentença do juiz Manoel Maximiano Junqueira Filho, de São Paulo:

"Quem presenciou grandes orquestras futebolísticas formadas: SEJAS, CLODOALDO, PELÉ E EDU, no Peixe: MANGA, FIGUEROA, FALCÃO E CAÇAPAVA, no Colorado: CARLOS, OSCAR, VANDERLEI, MARCO AURÉLIO E DICÁ, na Macaca, dentre inúmeros craques, não poderia sonhar em vivenciar um homossexual jogando futebol."

Finalizando com chave de ouro:

"'CADA UM NA SUA ÁREA, CADA MACACO EM SEU GALHO, CADA GALO EM SEU TERREIRO, CADA REI EM SEU BARALHO', É assim que eu penso... e porque penso assim, na condição de Magistrado, digo!"

Meus colegas de universidade me mostraram o que promete ser a novel referência jurisprudencial, da juiza Adriana Sette da Rocha Raposo, dessa vez mais perto, para orgulho do estado da Paraíba, na cidade de Santa Rita, declama:

"A liberdade de decisão e a consciência interior situam o juiz dentro do mundo, em um lugar especial que o converte em um ser absoluto e incomparavelmente superior a qualquer outro ser material. A autonomia de que goza, quanto à formação de seu pensamento e de suas decisões, lhe confere, ademais, uma dignidade especialíssima. Ele é alguém em frente aos demais e em frente à natureza; é, portanto, um sujeito capaz, por si mesmo, de perceber, julgar e resolver acerca de si em relação com tudo o que o rodeia. Pode chegar à autoformação de usa própria vida e, de movo apreciável, pode influir, por sua conduta, nos acontecimentos que lhe são exteriores. Nenhuma coerção de fora pode alcançar sua interioridade com bastante força para violar esse reduto íntimo e inviolável que reside dentro dele."


E eu achando que a carreira era chata...

segunda-feira, outubro 22, 2007

Afora algumas ressalvas, é isso mesmo...

"Na democracia, governam as maiorias. Elas fazem a lei, elas escolhem os governantes. Estes são comprometidos com as maiorias que os elegeram e a elas devem agradar. As minorias não têm força. Não fazem leis nem designam agentes públicos, políticos ou administrativos.
Sua única proteção está no Judiciário. Este não tem compromisso com a maioria. Não precisa agradá-la, nem cortejá-la. Os membros do Judiciário não são eleitos pelo povo. Não são transitórios, não são periódicos. Sua investidura é vitalícias. Os magistrados não representam a maioria. São a expressão da consciência jurídica nacional. Seu único compromisso é com o direito, com a Constituição e as leis; com os princípios gerais do direito, que são universais. São dotados de condições objetivas da independência, para serem imparciais; quer dizer: para não serem levados a decidir a favor da parte mais forte, num determinado litígio.
Assim é em todos os países democráticos, que podem ser qualificados como Estados de Direito"
Geraldo Ataliba.

quarta-feira, outubro 03, 2007


Depois de muita luta, consegui fazer a Rádio Tabajara FM, de João Pessoa, ser transmitida aqui em casa. Tive que puxar um fio e colocar em cima da estante dos livros; só funcionava lá, e em frente à primeira edição da constituição de 1988.
Guarabira não oferece, entre outros, muitas opções em se tratando de emissora de rádio.
É aquela coisa, juntando as cinco emissoras, doravante rádios, não dá uma. Uma é da situação, três da oposição, e a rádio Cidade, que ganhou esse nome, pelo menos eu acho, por teauto-falantes espalhados pela cidade, que eu não sei de que "lado" é.
Aqui e Guarabira quase nada pode ser classificado fora da dicotomia "oposição-situação". Acho que até as próprias oposição e situação têm essa divisão.

Tabajara de vez em quando chia, tem interferência com outra estação pouco acima, o que de vez em quando interrompe Tom Jobim com interferência de "Lapada na Rachada". Mas acho isso o máximo, dá a maior sensação de solidão, como se estivesse em um lugar recôndito, onde não é possível escutar nada, assistir nada, fazer nada...

quinta-feira, setembro 27, 2007

Há muito que não me orgulho tanto de dizer que li Cem anos de solidão. Apesar de ser o melhor livro na minha opinião, virou pop. Todo mundo que quer parecer intelectual underground pergunta: Você já leu Cem anos de solidão? No orkut tem: Livros: Cem anos de solidão e todos de Garcia Marquez. Mas na verdade só leu esse mesmo, e ficou escrevendo o nome dos personagens, fazendo uma árvore genealógica da família Buendia, e ainda se orgulham disso.
Pior do que um sou-intelectual-underground-só-escuto-bossa nova, são dois. E pior do que isso é quando um desses aí se encontra com outro. Tem um em uma roda falando que leu Cem anos de solidão, o outro escuta e fala: Você leu Cem anos de solidão?. Sim, claro. Você gostou? Claro, é o melhor livro do mundo... E a conversa continua por horas...
Essa espécie está em proliferação. E, lógico, existem variações.
Uma dessas são professores-de-direito-não-positivistas.
Todo professor que é uma subespécie do pessoal que lê Cem anos de solidão, os sou-intelectual-underground-só-escuto-bossa nova, não perde a oportunidade de falar em sala que o positivismo está morrendo, que é uma escola equivocada... Nem Kelsen leram.
Fala que a lei é um instrumento do direito, que não é a única fonte do direito. E essas conversas. Não que eu seja positivista. Mas dói no saco esse papo, principalmente quando vem desse pessoal.
Discurso é uma coisa, mas quando aperta pra eles, sempre falam: O que eu fiz é totalmente legal, está em confirmidade com a lei, com a norma, com o estatuto da universidade...
Por favor, não personalizem, ou personifiquem, ou gritem, ou fiquem vermelhos, ou chorem... Façam isso não, por favor. Ou façam, mas com mais chingamento e desrespeito, porque assim o nível caí mais ainda, e aí o negócio fica mais divertido.

domingo, setembro 02, 2007


Estou agora com um certo receio de postar poesias no blog, pois estaria falando mais de mim do que se resumisse meus dias nessas páginas, que nem existem.

Mas estaria sendo um canalha se não colocasse esse poema do paraibano de Rio Tinto Zé da Luz, e serei um canalha até o dia em que eu decorá-lo.




Brasi Caboco
Zé da Luz

O qui é Brasí Caboco?
É um Brasi diferente
do Brasí das capitá.
É um Brasi brasilêro,
sem mistura de instrangero,
um Brasi nacioná!

É o Brasi qui não veste
liforme de gazimira,
camisa de peito duro,
com butuadura de ouro...
Brasi caboco só veste,
camisa grossa de lista,
carça de brim da “polista”
gibão e chapéu de coro!

Brasi caboco num come
assentado nos banquete,
misturado cum os home
de casaca e anelão...
Brasi caboco só come
o bode seco, o feijão,
e as veiz uma panelada,
um pirão de carne verde,
nos dias da inleição
quando vai servi de iscada
prus home de posição.

Brasi caboco num sabe
falá ingrês nem francês,
munto meno o português
qui os outros fala imprestado...
Brasi caboco num inscreve;
munto má assina o nome
pra votar pru mode os home
Sê gunverno e diputado
Mas porém. Brasi caboco,
é um Brasi brasileiro,
sem mistura de instrangero
Um Brasi nacioná!

É o Brasi sertanejo
dos coco, das imbolada,
dos samba, dos vialejo,
zabumba e caracaxá!
É o Brasi das vaquejada,
do aboio dos vaquero,
do arranco das boiada
nos fechado ou tabulero!
É o Brasi das caboca
qui tem os óio feiticero,
qui tem a boca incarnada,
como fruta de cardoro
quando ela nasce alejada!

É o Brasi das promessa
nas noite de São João!
dos carro de boi cantano
pela boca dos cocão.

É o Brasi das caboca
qui cum sabença gunverna,
vinte e cinco pá-de-birro
cum a munfada entre as perna!
Brasi das briga de galo!
do jogo de “sôco-tôco”!
É o Brasi dos caboco
amansadô de cavalo!

É o Brasi dos cantadô,
desses caboco afamado,
qui nos verso improvisado,
sirrindo, cantáro o amô;
cantando choraro as mágua:
Brasi de Pelino Guedes,
de Inácio da Catingueira,
de Umbelino do Texera
e Romano de Mãe-d’água!

É o Brasi das caboca,
qui de noite se dibruça,
machucando o peito virge
no batente das jinela...
Vendo, os caboco pachola
qui geme, chora e soluça
nas cordas de uma viola,
ruendo paxão pru ela!

É esse o Brasi caboco.
Um Brasi bem brasilero,
sem mistura de instrangêro
Um Brasi nacioná!
Brasi, qui foi, eu tô certo
argum dia discuberto,
pru Pêdo Arves Cabrá.

sábado, setembro 01, 2007

Pra quem, assim como eu, tá acostumado a dormir e a acordar tarde, estudar de manhã é um martírio. Tentar acordar cedo tem sido sofrido, e uma grande perda de tempo. Perda de tempo porque perco tempo tentando dormir cedo, pois vou deitar mais cedo, como não consigo dormir, fico umas duas horas rolando na cama, tempo que poderia está fazendo alguma coisa, estudando, por exemplo; e perco tempo a tarde, porque tento ficar acordado mas não consigo, sempre acabo tirando um cochilo deitado no chão.

domingo, agosto 12, 2007

Fim de semana cansativo.... Depois de viajar a Campina Grande para a reunião de comemoração dos 25 anos e reunião de número 500 do Capítulo Deus, Pátria e Família nº8 da Ordem DeMolay, chegando em casa, banho, festa. Orquestra Mistura Fina. A festa foi em um local afastado da cidade, na maior e única casa de recepções de Guarabira, meus planos iniciais era de não beber, pois estava com o carro, mas com o apoio dos colegas, que ficavam colocando latinhas de cerveja na minha mesa, não tive opção, juro, e tive que beber alguns ml's de cereais maltados fermentados. Depois disso o carro que estava comigo. E os passageiros também.
Sim... sem contar que acordei 2 horas mais cedo do que o habitual em fim de semana, às 9:30h, pra ir resolver outros problemas.
Hoje, dia dos pais, fomos almoçar fora. A tarde joguei bola, coisa que não faço há mais ou menos 1 ano. No primeiro pique quase que desmaiava. Mais ainda fui produtivo ao "Sem camisa's futebol clube", marcando dois gols e dando passe pra mais dois. Algo fenomenal, em se tratando desse que vos escreve.
Amanhã minhas juntas que aguentem.

terça-feira, julho 31, 2007

Nunca uma página de internet me causou tanta vertigem. Em um mesmo dia, duas notícias que por todas as minhas quase duas décadas de vida não havia presenciado.
O juiz Nocolau "Lalau" dos Santos Neto vai voltar a cumprir a pena em regime fechado, e o governador da Paraíba, veja bem, da Paraíba, foi cassado pelo TRE, veja bem, pelo TRE!
É, quem tem pouco se contenta com pouco. Não sei se "Lalau" vai ficar muito tempo dormindo no cimento, e o governador ainda pode recorrer ao TSE, e se este não alterar o resultado, será cassado e o segundo colocado, José Maranhão, assumirá o governo do estado. Espero que isso acontece e que esse estado de espírito faça com que o "outro lado" mova um processo contra ele também, cassando-o também para que outro assuma e assim até que quem não se candidatou seja eleito.
Eu me contento com pouco mas sempre sonho com um pouco mais.

Eu adoro esses rebuliços. Como otimista que sou, acho que algo de bom vai acontecer depois disso tudo, se não uma conscientização do povo, ao menos um medo do não-povo. Algum lucro temos que ter disso tudo, oras.

Estou pensando seriamente em tirar o livro Diário do farol, de João Ubaldo Ribeiro, e colocar Ensaio sobre a lucidez, de José Saramago, no topo da minha lista de próximos livros a comprar.

domingo, julho 29, 2007


Fidel mandou todo mundo voltar pra Cuba, antes que outros fujões troquem a Ilha por milhões, ou milhares, que vão ganhar no profissionalismo. A primeira coisa que eu pensei foi: Como será que vai ser o próximo Congresso da Une? Nós, estudantes, vamos apoiar ou não a atitude dos atletas?
Estou aflito...

sexta-feira, julho 27, 2007

Para celebrar um dia muito bom, um poema:

A Moça Caetana a morte sertaneja
ARIANO SUASSUNA

Com tema de Deborah Brennand

Eu vi a Morte, a moça Caetana,
com o Manto negro, rubro e amarelo.
Vi o inocente olhar, puro e perverso,
e os dentes de Coral da desumana.

Eu vi o Estrago, o bote, o ardor cruel,
os peitos fascinantes e esquisitos.
Na mão direita, a Cobra cascavel,
e na esquerda a Coral, rubi maldito.

Na fronte, uma coroa e o Gavião.
Nas espáduas, as Asas deslumbrantes
que, rufiando nas pedras do Sertão,

pairavam sobre Urtigas causticantes,
caules de prata, espinhos estrelados
e os cachos do meu Sangue iluminado.

quarta-feira, julho 25, 2007

Já reparei que a cada vez que eu entro no Blog sempre o contador está com dois ou três números somados . O que eu não sabia é que alguém das bandas do céu era uma dessas pessoas que estavam freqüentando meu humilde blog.
De tanto reclamar da minha não ida ontem à palestra de Ariano Suassuna, providenciaram uma honraria no TRT pra ele amanhã. Dessa vez, já estou de mala pronta.

terça-feira, julho 24, 2007


As vezes eu não tenho raiva de Guarabira; Com certeza, hoje não foi um dia desses. Em João Pessoa houve hoje uma palestra do grande escritor, por ocasião da comemoração de seu aniversário de 80 anos e da concessão do título de cidadão Paraibano pela Assembléia Legislativa.
Em Guarabira, nos últimos tempos, além de um movimento cultural pífio, desorganizado e partidário, existe alguma coisa, igualmente pífio, mas nada realmente regular, ao menos. Há alguns anos havia o festival de teatro do nordeste, vinham companhias de vários estado com boas peças, inclusive, em um número do festival, houve uma versão de Uma Mulher Vestida de Sol, do Ariano. Mas hoje, como o governo mudou, não tem mais. E se tivesse, seria como foi em Uma Mulher Vestida de Sol e nas outras peças, um barulho encabulante, fazendo com que, inclusive, antes do início de uma das peças, quebrando todo o protocolo moral, uma das atrizes pediu para que se fizesse silêncio durante a peça, por favor. Ou então quando houve um monólogo patrocinado pela Petrobrás e, por isso, gratuito para estudantes. Dessa vez não lotou, mas em compensação roubaram todos os pertences do ator, sua bolsa com o dinheiro para toda a temporada, o texto da peça, documentos, livros que ele estava vendendo. Uma Vergonha!
Não consegui assisti a peça do Ariano na minha cidade, quando tinha peça, justamente pelo barulho insuportável que, de onde eu estava, mal dava pra escutar minha própria voz.
Se não fosse meu amigo Henrique, que levou meu livro Pedra do Reino e conseguiu um autógrafo, meu dia tinha sido pior ainda.
Guarabira, ê la iá...

segunda-feira, julho 23, 2007



Sempre pensei que para se ter prazer em estudar, é necessário ter motivação e buscar por si esse conhecimento, levando-o pra, onde e como.
As aulas estão voltando, espero encontrar motivação em tudo.
Como é bom rever os amigos. Fui fazer minha matrícula na universidade e revi o pessoal da minha sala. Gente com cabelo cortado, bronzeado. Ainda fui com a esperança de encontrar alguma novidade na universidade, mas de novo só encontrei as placas das turmas que concluíram, nem "subida" da biblioteca para o primeiro andar do anexo foi feita, frustrando todo mundo, principalmente quem votou na chapa que prometeu.
Eu estou tranqüilo e com a consciência limpa, só um pouco chateado com a falta de novidades.

quinta-feira, julho 19, 2007


Há pouco tempo voltei a jogar xadrez. Animado por uns colegas que aprenderam recentemente, e principalmente por ter perdido para esses colegas, decedi voltar a jogar.

Já fui um bom jogador para minha idade. Aprendi com mais ou menos treze anos, no colégio. Se tivesse aprendido mais novo, com certeza teria conseguido resultados melhores nos torneios que participei.

Mas, fazer o que? Ainda tive sorte do colégio onde estudei o segundo ensino fundamental - 5ª a 8ª série - ter aula de xadrez, com um professor muito bom, e com amigos melhores ainda.

Pra que sabe movimentar as peças e quer aprender algumas teorias, um bom livro é "Aprenda xadrez com Gary Kasparov". Sim, o futuro candidato a presidente da Rússia que ficou umas horas na cadeia por liderar uma manifestação
joga xadrez. Foi campeão mundial por dezesseis anos consecutivos. Depois brigou com a federação e fundou a PCA, que fechou alguns anos depois.

Pelo que eu sei, o xadrez era ensinado nas escolas na União Soviética, e agora também na Rússia, que já teve oito campeões mundiais.

Como todo mundo no Brasil, estou acompanhando o Pan do Rio.
Fico vendo o absurdo de medalhas que os Estados Unidos estão ganhando, e fico imaginando como seria o Brasil com o incentivo que há lá, tanto no esporte como em outras áreas como arte, cultura, enfim...
Não é inveja não, sei da ascenção do Brasil a cada edição dos jogos e nas olimpíadas. Criei uma teoria dessas que não merecem nenhuma moral: para ter bons esportistas, é necessário que aja uma preparação desde criança. O Brasil é bom no futebol porque desde pequenos jogamos bola em qualquer terreno "pisável". Mesmo os que não gostam e/ou não saibam, vide, por exemplo, eu, sempre se metem a tentar jogar e dar raiva aos outros. Se, no colégio, houvesse disponibilidade de que as crianças praticassem vários esportes, descobrindo, assim, o que mais se identifica, e, desde então, treinando, enfim, e depois de adolescente ou jovem pudesse, se quisesse, continuar a praticar com ajuda do governo ou de outra organização com fins lucrativos, era outro em árvores.
Isso também em artes como pintura, escultura, literatura, música. As escolas deveriam ser uma ótima ferramenta para a busca para a superação contínua. Há uma grande aproximação entre esporte e arte, em ambos, o praticante sempre está quebrar limites, ou recordes. Ninguém percebe que o que se faz hoje nas escolas não leva ninguém a nada, com exceção dos donos. Português, matemática, geografia, etc., são importantes, claro, mas não da forma como são "dadas" hoje em dia, que o estudante não sabe pra que, de onde, e quando?

Como eu disse, não levem a sério. Eu mesmo não levo. Mas que seria bom, ah, seria...
Tentarei voltar a atualizar...

quinta-feira, maio 24, 2007


Coloquei agora o Ads Google, um sistema de propaganda que dá dinheiro pros anuciantes, pros blogueiros e pra Google. Faça uma caridade e ajude todo esse pessoal.
Começaram as eleições do CH. Diretoria, departamento e coordenação. As duas últimas têm chapa única no curso de Direito. A diretoria, duas. Iniciaram a propaganda das chapas, que gostam de chamar também de debate. Agora a gente fica sabendo o quão preocupados com a universidade são todos, e o quanto eles trabalham em prol de, oh, nós estudantes.

Eleições dia 14, daqui pra lá muita briga, bate-boca, disse-não-disse, não-disse-o-que-disse, não-sei-o-que-disse, não-disse, disse, disse?

Cuidado, cardíacos, tuberculosos, sensíveis e menores de idade, a coisa promete. Mas não se animem, é apenas um aperitivo para as eleições do ano que bem, da reitoria.

segunda-feira, maio 07, 2007

Sinceramente, estou com medo do blog passar a ser exclusivamente de poesias. Fazer o que, se o autor anda com nostalgia do tempo do colégio e tendo a sorte de assistir a biografias e documentários de poetas por aí? Mas, com certeza, vale a pena a leitura.

Debaixo do tamarindo
Augusto dos Anjos

No tempo de meu pai, sob esses galhos,
Como uma vela fúnebre de cera,
Chorei bilhões de vezes com a canseira
De inexorabilíssimos trabalhos.

Hoje, esta árvore, de amplos agasalhos,
Guarda, como uma caixa derradeira,
O passado da Flora Brasileira
E a paleontologia dos Carvalhos!

Quando pararem todos os relógios
De minha vida, e a voz dos necrológios
Gritar nos noticiários que eu morri,

Voltando à pátria da homogeneidade,
Abraçada com a própria Eternidade,
A minha sombra há de ficar aqui!

domingo, maio 06, 2007

Tanto tempo sem escrever... peço desculpas aos meus prováveis dois ou três leitores que, nessas alturas, já devem ter desistido de acompanhar o blog. Total irresponsabilidade de minha parte.

quarta-feira, abril 04, 2007


Ganhei de aniversário o DVD documentário sobre um dos melhores e mais vendidos, não necessariamente nessa ordem, álbuns do rock'n'roll: Dark Side Of the Moon, do Pink Floyd.
O Álbum é genial, dizem até que ele é sincronizado com o filme O Mágido de Oz. Nunca tentei assistir o filme como CD, mas quando tiver oportunidade, com certeza tentarei.
O documentário é muito bom. Mostra o pessoal da banda falando sobre as faixas, sobre a produção e tudo o mais. Com certeza recomendo.
Há um tempo fui assistir ao meu primeiro tribunal do júri. Adorei, e o promotor recitou esse poema de Casimiro de Abreu.

Meus oito anos

Oh! Que saudades que tenho
Da aurora da minha vida
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

Como são belos os dias
Do despontar da existência!
- Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é - lago sereno,
O céu - um manto azulado,
O mundo - um sonho dourado,
A vida - um hino d'amor!

Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!

Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!

Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
- Pés descalços, braços nus -
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!

Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!

domingo, fevereiro 11, 2007

Já tentei fazer parte do movimento estudantil formal. Me candidatei para o comitê jurídico de uma chapa, muita coragem pra um então estudante do primeiro período, incompleto. Acho que eu ficaria a gestão toda rezando pra ninguém da chapa se meter em problema e assim me meter em outro.
Mas me candidatei porque queria fazer alguma coisa pelo meu Campus. Entrei em uma chapa para o Diretório Central dos Estudantes, doravante DCE, majoritariamente do meu Campus.
Acho que exceto eu, todo mundo era socialista. Conheci muita gente boa, realmente interessada em ajudar os estudantes.
Assistindo a um programa de TV que se auto-denomina "inteligente", ví uma deputada que me lembrou a época da eleição do DCE. Ex-presidente da UJS, do PC do B, acredita na UNE, esse pessoal sinistro, falando de que tantos por cento estão na universidade, tantos não estão, que outros tantos mil fazem isso, e não sei o que, não sei o que lá. Aí percebí que muita gente entra no movimento estudantil pra só falar números, ou seja, movimento vazio. Querem transformar o ME em palanque ou em uma espécie de pré-guerrilha para a Revolução.
Não agüento entrar na sala compartilhada da xerox e dos CA's da universidade: fotos de Che Guevara, bandeiras de Cuba, jornais socialistas, frases como Viva a revolução, as vezes vejo o próprio Che tirando umas xerox's por lá. Nada contra os socialistas, mas, pelo amor de deus, com isso acaba-se esquecendo o verdadeiro sentido do ME. Todo mundo, quando se fala em Movimento estudantil, puxa pela memória uma passeata do PSTU.
Vou entrar em contato com a diretoria do DCE eleito para dar a idéia de se incluir no estatuto uma cláusula que proibisse alusão a partidos ou movimentos políticos no ME. Quem sabe assim param de falar números e fazem alguma coisa.

sábado, fevereiro 03, 2007

Hoje assistir ao especial que aconteceu em setembro de 2006 em comemoração ao aniversário de 60 anos de nascimento do Freddie Mercury.
Um Mega Show. Brian May, Roger Taylos e o John Deacon juntos. Só isso já valeria a pena, se não estivessem também verdadeiras lenda do rock. Roger Daltrey do The Who, Robert Plant do Led Zeppelin, Tony Iommi do Black Sabbath, Slash, Axl Rose, Elton John, David Bowie, Annie Lennox, Extreme, George Michael, e muita gente que não ví ou não lembro.
O especial foi uma mistura de celebração e campanha de conscientização sobre a AIDS. Emocionante.

Ponto alto do show: Elton John cantando The Show Must Go On
Ponto baixo: Axl Rose cantando We Will Rock You.

Me surpreendi com o George Michael, ele cantou Somebody To Love com um vocal muito forte. De longe, muito longe, vai, lembrava o Freddie. Muito longe mesmo, mas isso já é muito bom.
"Polícia não registra homicídio e DML tem apenas um corpo "

Tive medo quando li essa notícia hoje. Logo lembrei do livro As intermitências da morte, de José Saramago. No livro, a morte fica cansada de ser detestada e decide fazer greve. Excelente leitura para esses novos tempos.

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Fevereiro. Mês do carnaval e nada mais. Quando era criança eu colocava a vitrola no terraça da minha casa com um disco de músicas de carnaval instrumentais, chamava meus amigos e ficava brincando com confetes e serpentinas, até que em um ano fiquei com vergonha dos vizinhos e nunca mais brinquei carnaval.
Em Guarbaira haverá esse ano a segunda edição do Liseu Folia, um dos pequenos blocos da cidade formado com os poucos que não vão à Baía da Traição ou João Pessoa e que estão dispostos a pagar 20 reais. Uns não vão porque não gostam, outros, porque têm vergonha dos vizinhos.

Pois é

(Marcelo Camelo)

Pois é, não deu
Deixa assim como está sereno
Pois é de Deus
Tudo aquilo que não se pode ver
E ao amanhã a gente não diz
E ao coração que teima em bater
avisa que é de se entregar o viver (2x)

Pois é, até
Onde o destino não previu
Sei mas atrás vou até onde eu consegui
Deixa o amanhã e a gente sorri
Que o coração já quer descansar
Clareia minha vida, amor, no olhar (2x)

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Estou um pouco triste. Alguns colegas da minha turma da universidade vão deixar o curso. Uns porque passaram para outro curso, outros também. E assim minha turma vai se desfazendo pelo caminho até a formatura. Fazer o que?
Quando concluí o Ensino médio fui o orador da turma, no dia me senti o próprio Rui Barbosa. Fiz um discurso de duas páginas, e guardo ainda para que seja publicado nos meus "textos selecionados" que será lançado postumamente. Em meio às conversas e desatenções preferi meu discurso na maior e única casa de recepções da cidade. Entre outras coisas, falei que crescer, de certo modo, significa também separar. Apesar de ser um clichê de quinta, não deixa de ser verdade. E olha que nem crescemos muito no curso ainda.

quarta-feira, janeiro 31, 2007

Cheguei da Barra, e me deparei com a Festa da Luz. Padroeira da cidade de Guarabira. Adoro festa de padroeira, festa, bebida, todo o tipo de heresia que eu adoro.
Tradicionalmente, os DeMolays vendem cerveja, refrigerante e esse ano também Smirnoff Ice com o intuito de arrecadar fundos para o Capítulo. Foi um sucesso, vendemos tudo.
O melhor são os amigos. Ví uns que nem lembrava mais que existiam. É interessante e divertido ver seus amigos em um estado avançado de embreaguês. Apesar da multidão e da falta de organização quanto às barracas que ficam no meio do povo, foi divertido. No primeiro dia não teve as também tradicionais tapas da Fabiana, sem isso é o mesmo que não haver festa da luz para os DeMolays e afins.
Hoje não irei porque irei todas as outras noites pois metade da minha família vai ficar aqui em casa.

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Deutsch, warum nicht?

Tentarei, pela terceira vez, concluir o curso de alemão pelo rádio, Deutsch, warum nicht? Que qualquer um pode baixar no site do Deutsch Welle.
Por algum motivo acho que aprender alemão, ao menos um pouco, me será útil no futuro. Dessa vez farei diferente, aulas nas segundas, quartas e sextas. Vou comprar um caderninho especialmente para os exercícios do curso. Quem sabe aprendo alguma coisa.


Amanhã viajarei a Barra de Santa Rosa, minha cidade. Não nasci nem me criaram por lá, mas é como se fosse. Desde novinho vou por lá. Além da família dos meus pais ser da Barra, sempre arranjei um motivo pra passar alguns dias na cidade. É o tipo de cidade que não muda, e isso é que é o charme da cidadezinha. Você passa quinze anos sem aparecer, mas quando volta está do mesmo jeito. Maravilhoso.
Dessa vez pretendo ficar dois dias, pais, namorada, primo, vamos ficar na casa do velho Liva, figura histórica da Barra. Aliás, a Barra conta com muitas figuras. Do finado Seu Irã, ao Seu Manú, Ocian Luiz, esse último conhecido em todo lugar que possa haver vida, os velhos colegas animais de árvores que ornamentam a pequena praça, essa, o maior e único cartão postal da cidade, com a tradicional igreja ao fundo. Pois é, rever os amigos, passear, ir para a famigerada boate Taí Gostei.
Taí Gostei é o nome da boate, pequenina, quente, mas também uma figura histórica. Acho que quando fundaram a cidade, um pouco antes fundaram a boate.
Enfim, espero gostar da viajem, e voltar com histórias e com o queixo doendo de tanto rir.

quinta-feira, janeiro 25, 2007

...the love you take...



Depois de fazer raiva a namorada, assisti hoje à cerimônia da entrada de Sir George Martin na Hall of Fame da música inglesa. Pra quem não sabe, George Martin foi o produtor dos Beatles em todos os seus álbuns, exceto no último lançado, Let It Be, que foi o Phill Spector, um cara bizarro metido em problemas de tentativa de homicídio e outras por aí.
No final, George Martin rege uma orquestra, um coral negro, alguém que eu esqueci na guitarra, também esqueci quem estava no vocal - que estava horrível, por sinal, com direito a entradas fora do tempo e tudo o mais - e Roger Taylor, ex-baterista do Queen, logicamente, não poderia estar em outro lugar, na bateria. Me impressionou ver como o Roger Taylor está na atualidade, grisalho, careca, gordo - imagem esta que a maioria de nós está fadada a um dia ser - não lembra nem de longe o Roger Taylor do clipe de I Want to Break Free. Mas voltando à orquesta, que tinha 31 músicos, tocaram a seqüência final do Abbey Road, último trabalho em conjunto dos Beatles - o Let It Be foi um remixagem de fitas já gravadas anteriormente - com as músicas Golden Slumbers-Carry Thar Weight-The End. Lindo, se não fosse pelo vocal tosco. Me senti ouvindo o próprio CD, perfeito.
Adorei, poucas vezes tinha visto o George Martin sem ser em fotos.
E no mais, Peace and Love para todos.

Depois de um tempo sem postar

tentarei voltar.