domingo, fevereiro 11, 2007

Já tentei fazer parte do movimento estudantil formal. Me candidatei para o comitê jurídico de uma chapa, muita coragem pra um então estudante do primeiro período, incompleto. Acho que eu ficaria a gestão toda rezando pra ninguém da chapa se meter em problema e assim me meter em outro.
Mas me candidatei porque queria fazer alguma coisa pelo meu Campus. Entrei em uma chapa para o Diretório Central dos Estudantes, doravante DCE, majoritariamente do meu Campus.
Acho que exceto eu, todo mundo era socialista. Conheci muita gente boa, realmente interessada em ajudar os estudantes.
Assistindo a um programa de TV que se auto-denomina "inteligente", ví uma deputada que me lembrou a época da eleição do DCE. Ex-presidente da UJS, do PC do B, acredita na UNE, esse pessoal sinistro, falando de que tantos por cento estão na universidade, tantos não estão, que outros tantos mil fazem isso, e não sei o que, não sei o que lá. Aí percebí que muita gente entra no movimento estudantil pra só falar números, ou seja, movimento vazio. Querem transformar o ME em palanque ou em uma espécie de pré-guerrilha para a Revolução.
Não agüento entrar na sala compartilhada da xerox e dos CA's da universidade: fotos de Che Guevara, bandeiras de Cuba, jornais socialistas, frases como Viva a revolução, as vezes vejo o próprio Che tirando umas xerox's por lá. Nada contra os socialistas, mas, pelo amor de deus, com isso acaba-se esquecendo o verdadeiro sentido do ME. Todo mundo, quando se fala em Movimento estudantil, puxa pela memória uma passeata do PSTU.
Vou entrar em contato com a diretoria do DCE eleito para dar a idéia de se incluir no estatuto uma cláusula que proibisse alusão a partidos ou movimentos políticos no ME. Quem sabe assim param de falar números e fazem alguma coisa.

sábado, fevereiro 03, 2007

Hoje assistir ao especial que aconteceu em setembro de 2006 em comemoração ao aniversário de 60 anos de nascimento do Freddie Mercury.
Um Mega Show. Brian May, Roger Taylos e o John Deacon juntos. Só isso já valeria a pena, se não estivessem também verdadeiras lenda do rock. Roger Daltrey do The Who, Robert Plant do Led Zeppelin, Tony Iommi do Black Sabbath, Slash, Axl Rose, Elton John, David Bowie, Annie Lennox, Extreme, George Michael, e muita gente que não ví ou não lembro.
O especial foi uma mistura de celebração e campanha de conscientização sobre a AIDS. Emocionante.

Ponto alto do show: Elton John cantando The Show Must Go On
Ponto baixo: Axl Rose cantando We Will Rock You.

Me surpreendi com o George Michael, ele cantou Somebody To Love com um vocal muito forte. De longe, muito longe, vai, lembrava o Freddie. Muito longe mesmo, mas isso já é muito bom.
"Polícia não registra homicídio e DML tem apenas um corpo "

Tive medo quando li essa notícia hoje. Logo lembrei do livro As intermitências da morte, de José Saramago. No livro, a morte fica cansada de ser detestada e decide fazer greve. Excelente leitura para esses novos tempos.

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Fevereiro. Mês do carnaval e nada mais. Quando era criança eu colocava a vitrola no terraça da minha casa com um disco de músicas de carnaval instrumentais, chamava meus amigos e ficava brincando com confetes e serpentinas, até que em um ano fiquei com vergonha dos vizinhos e nunca mais brinquei carnaval.
Em Guarbaira haverá esse ano a segunda edição do Liseu Folia, um dos pequenos blocos da cidade formado com os poucos que não vão à Baía da Traição ou João Pessoa e que estão dispostos a pagar 20 reais. Uns não vão porque não gostam, outros, porque têm vergonha dos vizinhos.

Pois é

(Marcelo Camelo)

Pois é, não deu
Deixa assim como está sereno
Pois é de Deus
Tudo aquilo que não se pode ver
E ao amanhã a gente não diz
E ao coração que teima em bater
avisa que é de se entregar o viver (2x)

Pois é, até
Onde o destino não previu
Sei mas atrás vou até onde eu consegui
Deixa o amanhã e a gente sorri
Que o coração já quer descansar
Clareia minha vida, amor, no olhar (2x)

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Estou um pouco triste. Alguns colegas da minha turma da universidade vão deixar o curso. Uns porque passaram para outro curso, outros também. E assim minha turma vai se desfazendo pelo caminho até a formatura. Fazer o que?
Quando concluí o Ensino médio fui o orador da turma, no dia me senti o próprio Rui Barbosa. Fiz um discurso de duas páginas, e guardo ainda para que seja publicado nos meus "textos selecionados" que será lançado postumamente. Em meio às conversas e desatenções preferi meu discurso na maior e única casa de recepções da cidade. Entre outras coisas, falei que crescer, de certo modo, significa também separar. Apesar de ser um clichê de quinta, não deixa de ser verdade. E olha que nem crescemos muito no curso ainda.