terça-feira, junho 28, 2011

Exposição explora relação entre Warhol e Lennon


Uma exposição em Frankfurt explora a relação de amizade entre Andy Warhol, fundador e máximo representante da Pop Art, e John Lennon, guitarrista e vocalista dos Beatles.

Trata-se da mostra "O Pop encontra a Pop. Andy Warhol e os Beatles", aberta no Museu da Comunicação de Frankfurt deste sábado até o dia 31 de julho.

Warhol e John Lennon (1940-1980) se conheceram no circuito da arte de Nova York e iniciaram uma amizade baseada no fato de que ambos eram idealistas, sensíveis e artistas que queriam mudar o mundo e encontraram um fértil campo de ação no Movimento de 1968.

De acordo com o curador da exposição, Imrich Donath, é nas fotografias de Billy Name e Gerard Malanga que os visitantes poderão ver a intimidade da relação entre Warhol e Lennon.

Em 1974 e 1978, Malanga fotografou Yoko Ono, John Lennon e Andy Warhol, em alguns momentos com poses provocativas.

Os Beatles e Andy Warhol contribuíram muito para elevar o termo popular ao slogan global que deu nome a uma geração inteira. Tanto na música como na arte, pop era uma crítica ao sistema.

A exposição também mostra os retratos que Warhol fez dos Beatles em 1980 e em 1985, além de seus famosos autorretratos e das pinturas de Marilyn Monroe, James Dean, Jackie Kennedy, Liza Minelli, Debbie Harry, Jerry Hall e Judy Garland.

Além disso, é possível ver fragmentos do filme de oito horas Empire, do curta-metragem Blow Job, e do retrato cinematográfico dos dois ícones do pop "Warhol e Lennon", assim como os famosos óculos de sol, a câmera de fotos e a calça de couro de Warhol. EFE




terça-feira, junho 21, 2011

‘Café em Verso e Prosa’ traz os melhores do ‘Poesia Encenada’

Fonte: Tiago Germano / Do Jornal da Paraíba

O ‘Café em Verso e Prosa’ de junho reúne nesta terça-feira (21), às 20h30, no Empório Café, uma seleção com as melhores performances apresentadas nas oito edições do festival ‘Poesia Encenada’, realizado anualmente no Sesc Centro, em João Pessoa.No sarau organizado pela atriz Susy Lopes, a galeria de premiados pelo evento recuperam os textos que fizeram a história recente da competição, que este ano ocorreu entre os dias 5 e 9 de abril na programação da primeira etapa do Palco Giratório, na capital paraibana.

A noite gratuita tem como convidada, por exemplo, a Cia. dos Truques, que teve lugar de destaque na competição este ano, interpretando ‘Romance em feitio de oração para Senhora dos Navegantes’, obra de autoria de Astier Basílio. Formada por Sônia Farias, Jorge Félix, Flávio Lira e Nyka Barros (que também conquistou o 4º lugar em 2011 com ‘Corpos líquidos’), a companhia se une a nomes proeminentes do teatro paraibano, como Thardelly Lima (do Ser Tão Teatro), que vai interpretar ‘Gêmeos’, de Linaldo Guedes (2º lugar este ano), e ‘Tempo de espera’, de Ricardo Lucena (participante da edição de 2009).

A nova geração de poetas locais vai estar representada por Gustavo Limeira, integrante do núcleo literário Caixa Baixa e do grupo Teatrália, que comparece em duas passagens do Café em Verso e Prosa: no solo de Ana Valentin, encenando seu poema ‘Bibliófilo’, e no duo de Valentin e Mateo Ciacchi, adaptando os versos de ‘Gramaticalmente pornográfico’.

O ator Daniel Porpino (do Coletivo Alfenim) é outro rosto conhecido que vai mostrar a vertente autoral de seu trabalho, dando expressão a poemas seus inscritos em 2009 no ‘Poesia Encenada’: ‘Umano’ e ‘Instinto de Espera’. Susy Lopes, Joálisson Cunha e Kassandra Brandão também tomam parte das esquetes poéticas.

São João do Varadouro, na Capital, terá atrações a partir desta quinta


Para quem pensou que as casas do Centro Histórico iriam deixar o São João passar na porta sem garantir aquele bom arrasta-pé, pode aparecer por lá, de quinta (23) até domingo (29), para conferir como o Espaço Mundo e a Casa de Musicultura organizaram uma programação pra festa junina nenhuma botar defeito com o São João do Varadouro. Quatorze atrações se apresentam nas duas casas após os shows no Ponto de Cem Réis, com a maioria das entradas gratuitas.

Quadrilhas improvisadas prometem animar a festa logo na abertura, na quinta-feira (23), na Praça Antenor Navarro, às 23h50. Em seguida, Os Gonzagas se apresentam no Espaço Mundo, free, e Xote da Fulô e Banda Pé-de-serra.com, na Casa de Musicultura, com ingressos a R$ 8. Na sexta-feira (24), a partir das 22h, os MC Mistapumpkilla, de São Paulo, e o MC Preguissa, do Rio Grande do Norte, garantem a noite com ingressos a R$ 15 e R$ 10 (estudante) na Musicultura. No Espaço Mundo rola a discotecagem Só Forró Raiz com Diego Second, e entrada gratuita a partir da 00h30.

No sábado (25), Baixinho do Pandeiro se apresenta no Espaço Mundo, às 00h30, e o Forró do Alex Madureira na Casa de Musicultura, no mesmo horário, os dois com entrada gratuita. No domingo (26), Evoé faz o som na Casa de Musicultura a partir da 00h00, free, e na segunda-feira (27) é a vez do Alfaiarte se garantir na mesma casa, também a partir de 00h00.

Na terça-feira (28), Chico Ribeiro & Os Cabras de Matheus fazem um forró arroxado no Espaço Mundo às 00h00 e Por Isso Eu Vou Pra Casa Delas, na Casa de Musicultura, no mesmo horário, tudo de graça. Para encerrar a programação, uma quadrilha improvisada antecede o show de Beto Brito, que começa às 00h00 no Espaço Mundo e o show Formiga Dub e convidados na Casa de Musicultura, free. 

Uma realização do Coletivo Mundo e da Casa de Musicultura, o São João do Varadouro tem apoio da Prefeitura Municipal de João Pessoa (Funjope) e do Circuito Fora do Eixo.

A PROGRAMAÇÃO 

Quinta, 23:
Formação de Quadrilha [Praça 23h50] Free
Os Gonzagas [Espaço Mundo 00h30] Free

Xote da Fulô + Banda Pe-de-serra.com [Casa de Musicultura 00h30] R$ 8

Sexta, 24:

Mistapumpkilla (SP) + MC Preguissa (RN) [Casa de Musicultura 22h00] R$ 15 ou R$ 10 (estudante)

Discotecagem Diego Second: Só Forró Raiz [Espaço Mundo 00h30] Free

Sábado, 25:
Baixinho do Pandeiro [Espaço Mundo 00h30] Free
Forró do Alex Madureira [Casa de Musicultura 00h30] Free

Domingo, 26:
Evoé [Casa de Musicultura 00h00] Free

Segunda, 27:
Alfaiarte [Casa de Musicultura 00h00] Free

Terça, 28:
Chico Ribeiro & Os Cabras de Matheus [Espaço Mundo 00h00] Free
Por Isso Eu Vou Pra Casa Delas [Casa de Musicultura 00h00] Free

Quarta, 29:

Formação de Quadrilha [Praça 23h50] Free

Beto Brito [Espaço Mundo 00h00] FreeFormiga Dub e convidados [Casa de Musicultura 00h00] Free

domingo, junho 19, 2011

Erros de filmagens nos filmes de Charlie Chaplin

Toda a obra de Wolfgang Amadeus Mozart para download


O site www.mozart-weltweit.com disponibilizou para download legal e para audição on-line, toda a obra do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart, composta por cerca de 700 peças, totalizando mais de 180 horas de música. Mozart foi o mais importante e prolífico compositor do período clássico. Suas obras são referenciais na música sinfônica, concertante, operística, coral, pianística e de câmara. Mozart compôs o primeiro concerto aos 11 anos de idade e o último em 1791, ano de sua morte, aos 35 anos. Entre suas obras estão 41 sinfonias; 19 missas (incluindo o Requiem); 27 concertos para piano; concertos para trompas, flauta, oboé, clarineta, fagote e harpa, 12 árias de concerto; 13 serenatas; 50 canções para voz e piano e 24 óperas, com destaque para “A Flauta Mágica” “Idomeneo”, “Don Giovanni” “O Rapto do Serralho” “Cosi Fan Tutte” e “As Bodas de Fígaro”. Para fazer o Download basta clicar sobre a opção desejada, com o botão direto do mouse pressionado, e mandar salvar. 

Para acessar:http://bit.ly/YzFvN Endereço alternativo: http://bit.ly/8kjcde

sábado, junho 18, 2011

Al Pacino poderá estrelar o filme 'Imagine'


O ator Al Pacino (As Duas Faces da Lei) está negociando sua entrada no elenco de Imagine, segundo a Variety. Caso assine com a produção, ele interpretará um roqueiro decadente que descobre ter um filho após receber carta de John Lennon, que ficou perdida no correio por décadas. Com a revelação, ele decide ir atrás do rapaz. O longa marca a estreia de Dan Fogelman, roteirista de Enrolados, na direção.

O filho seria interpretado por Steve Carell (Um Jantar para Idiotas), mas o ator teve que se desligar do elenco devido a problemas de agenda, segundo o Cinema Blend. Agora, ele apenas produzirá o longa e atuará em Amor a Toda Prova, também escrito por Fogelman.

Pacino ganhou o Globo de Ouro deste ano por sua performance no filme para televisão Você Não Conhece Jack e atualmente está envolvido nas cinebiografias Gotti: Three Generations, sobre o líder mafioso John Gotti, e Hands of Stone, sobre o boxeador Roberto Duran.

Imagine tem estreia prevista para 2012.

sexta-feira, junho 17, 2011

Prêmio Luiz Custódio de Folkcom valoriza a cultura paraibana na sexta edição do Comunicurtas

Fonte: UEPB

O 8º Seminário Os Festejos Juninos no Contexto da Folkcomunicação e da Cultura Popular, que teve como tema “Festas Populares e Economia da Cultura”, aconteceu nos últimos 09 e 10 de junho, em Campina Grande. O evento, promovido pela UEPB, inovou este ano ao trazer o professor da Universidade do Texas (EUA), Joseph Straubhaar, para a conferência de abertura.
O Folkcom, como ficou conhecido o evento, tem como organizador o professor do Departamento de Comunicação da Universidade Estadual da Paraíba, Luiz Custódio da Silva, conhecido por suas contribuições nas áreas de folkcomunicação e cultura popular, além de integrar a comissão que avalia os filmes que farão parte da competição de curtas do Festival Audiovisual Comunicurtas/UEPB.
Graças ao envolvimento e amor pelo cinema, Custódio é homenageado pelo festival há duas edições, com um prêmio que leva o seu nome: Prêmio Luiz Custódio de Folkcom, que prestigia as melhores matérias televisivas que retratem as manifestações culturais e folclóricas da Paraíba.
Os que almejam esse prêmio podem se inscrever na “Mostra Competitiva Tropeiros do Telejornalismo”. Serão aceitas reportagens televisivas com até cinco minutos de duração, abordando qualquer conteúdo. A ficha de inscrição encontra-se no site oficial do evento e os trabalhos devem ser enviados até 30 de junho para o seguinte endereço: Rua Pedro I, s/n - São José, CEP 58100-000.

Calendário do roteiro turístico Caminhos do Frio é divulgado

Fonte: Paraíba1 / SESC PB

Dentro do calendário das principais atrações turísticas e culturais da Paraíba, o ‘Caminhos do Frio - Rota Cultural’ chega a sua 5ª edição em 2011. Com data definida para início em 18 de julho na cidade de Areia, o circuito passará a cada semana por uma das seis cidades do Brejo participantes. 

A programação inclui passeios, oficinas, shows e apresentações artísticas para movimentar os municípios durante o inverno. A Rota 2011 fechará a grade de atrações no dia 28 de agosto em Alagoa Grande.

Sem programação completa definida, o Sebrae Paraíba, parceiro do ‘Caminhos do Frio’, anunciou inicialmente as datas que cada cidade receberá o evento. Para abrir o circuito a cidade de Areia recebe a Rota 2011 de 18 a 24 de julho, seguida por Bananeiras, de 25 a 31 de julho.

O terceiro município será Serraria, de 1 a 7 de agosto, o quarto Pilões (8 a 14 de agosto), seguido por Alagoa Nova (15 a 21 de agosto). O ‘Caminhos do Frio’ encerra a programação 2011 na cidade de Alagoa Grande, de 22 a 28 de agosto.

Localizado na mesorregião do Agreste Paraibano, o Brejo está dividido em oito municípios. Com suas cidades situadas na serra os termômetros nos meses de inverno chegam a marcar 12° transformando os cenários que esbanjam beleza natural em imagens marcantes para quem visita.

A região também é reconhecida por suas riquezas culturais abrigando nomes ilustres como Jackson do Pandeiro e o pintor Pedro Américo, cidades tombadas pelo patrimônio histórico, usinas de fogo vivo, produção de cachaça artesanal e uma gastronomia local que dá água na boca.

sábado, junho 11, 2011

Joao Gilberto - Carinhoso

Mostra de dramartugia movimentará João Pessoa por quatro dias

Por Cecília Lima, da redação do Jornal O Norte

O Teatro Lima Penante, na Capital, será palco da Mostra Dramaturgia - Leituras em Cena pelos próximos quatro dias. O evento, que começa no dia 14 e vai até o dia 17, está sendo promovido pelo Serviço Social do Comércio (Sesc) de João Pessoa. A mostra é resultado de uma oficina de interpretação ministrada pelo diretor André Paes Leme, ligado à Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) em maio deste ano. Todas as leituras foram montadas por diretores e atores que participaram da oficina oferecida pelo Sesc.

Nua na Igreja, de autoria de Tarcísio Pereira, abre a programação da mostra. O texto, que ganhou o Prêmio Nelson Rodrigues em 1993, tem como cenário a cidade de Pombal. Trata-se da história de Frida, uma mulher que desfila nua pela cidade durante uma procissão católica para vingar o companheiro praticante da Umbanda que é espancado a mando do vigário local. A direção da leitura fica por conta de Nelson Alexandre. No elenco aparecem Elba Góes, Raquel Ferreira, Tiago Herculano, Wallyson Rodrigues, Márcio Barcellar, Mércia Cartaxo e Maronolton Henrrique.

A segunda noite da Mostra Dramaturgia - Leituras em Cena é dedicada a textos de Geraldo Maciel, escritor paraibano falecido em 2009. Será feita a leitura de Vida Noturna, uma adaptação de dois contos do escritor: Um orelhão toca na noite e Não é assim a vida?. Ambos os textos relatam o cotidiano do universo jornalístico, levando ao público os dilemas profissionais do repórter. A direção de Vida Noturna é de Sérgio Silva e o elenco é composto por Tércia Santos Lima, Aparecida Melo, José Sócrates C. L. Silva, Camila Débora Torres, Nara Limeira, Márcio Lins.

O professor e diretor teatral Paulo Vieira tem novamente um texto seu encenado pelo projeto de dramaturgia do Sesc. O primeiro, Lata Absoluta, foi lido na última edição da mostra, em 2010. Esta é a vez da leitura de Vamos Nessa, na noite da quinta-feira (16), sob a direção de Suzy Lopes. No elenco estão Natália Araújo, Kassandra Brandão, Glaydson Gonçalves, Suellen Brito, Edmilson Santos, Jamila Facury.

O encerramento da mostra será com a leitura de Espere a Chuva, dirigida por Antônio Deol e encenada por Dian Urshita, Adriana Zenaide, José Carlos Santos, Crislane Araújo, Wilmarks Camilo e Janieli Araújo.uma fábula sertaneja inspirada no universo de Luiz Gonzaga nas músicas "Assum preto", "Juazeiro", "Triste Partida", "A volta da Asa Branca" e "A Morte do Vaqueiro". Em Espere a Chuva, duas histórias de amor marcadas pelo abandono e pela tragédia são contadas em meio à seca e à felicidade de ver a chuva chegar.

As leituras dramáticas começam sempre às 19h. Depois de cada apresentação, os responsáveis pela montagem da leitura do dia dialogam com a platéia em uma roda de conversa. Toda a programação da Mostra Dramaturgia - Leituras em Cena é aberta ao público em geral e a entrada é gratuita. O Teatro Lima Penante está localizado na Avenida João Machado, 67, Centro de João Pessoa. Mais informações pelo telefone 3221-5835

Confira abaixo a programação dos debates?

14 de junho – Roda de Conversa com Tarcísio Pereira e Nelson Alexandre Conversam sobre " Nua na Igreja" de Tarcísio Pereira ,após leitura às 20h

15 de junho - Roda de Conversa com Nara Limeira e Sergio José conversam sobre os Contos " Vidas" Noturna de Geraldo Maciel, após leitura às 20h.

16 de junho - Roda de Conversa com Suzy Lopes e Paulo Vieira conversam sobre " Vamos Nessa" de Paulo Vieira, após Leitura às 20h

17 de junho - Roda de Conversa com Antônio Deol e Tarcisio Pereira conversam sobre "Espere a Chuva" de Tarcisio Pereira, após a Leitura, também às 20h.

[Fotografia] Evandro Teixeira

Fonte: Fotoclube f508
Sertão de Canudos
Com o fim da edição impressa do Jornal do Brasil (JB), na virada do mês de agosto para o mês de setembro, um grande nome do fotojornalismo brasileiro viu-se diante do dilema de continuar fotografando para a versão online do JB ou encerrar uma história de 47 anos de dedicação e fidelidade ao jornal. Evandro Teixeira, atualmente com 73 anos, presenciou muitas crises enfrentadas pelo periódico, mas ver decretado o fechamento do jornal fundado em 1891, que tanto representou para a história do país, foi a maior angústia.

A história de Evandro Teixeira, do JB e do Brasil se misturam. Das viagens que realizou pelo jornal, o fotógrafo guarda algumas recordações impressas. Nas caixas de fotos e livros removidas da redação para o apartamento na Gávea (RJ), algumas surpresas. Como a imagem que acreditava perdida, da viagem que fez de trem com o presidente Juscelino Kubitschek, em 1959, partindo do Rio para o Planalto Central.

Tomada do Forte de Copacabana, Golpe Militar, 1964

Passeata dos 100 mil, 1968
Na sala do apartamento, mais capítulos da história do país: a Passeata dos Cem Mil, no Centro do Rio de Janeiro, um marco da resistência contra a ditadura em 1968; e um ensaio sobre os 100 anos de Canudos. Fora do Brasil, o fotógrafo também documentou importantes fatos, como o massacre do pastor fanático Jim Jones, quando 952 pessoas se suicidaram na Guiana em 1978; o enterro de Pablo Neruda em Santiago (Chile); e o golpe militar chileno que derrubou Salvador Allende.

Enterro do poeta Pablo Neruda, 1973
Mas o tema predileto de Teixeira é o próprio povo brasileiro e sua cultura. Baiano de Irajuba e filho de fazendeiros, estudou com o fotógrafo Nestor Rocha, tio do cineasta Glauber Rocha, em Jequié, na Bahia. Em Salvador, aprendeu com o grande fotojornalista José Medeiros, que trabalhou durante 15 anos para a revista O Cruzeiro. Aos 18 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, e, seis anos depois, passou a integrar a equipe do Jornal do Brasil, onde trabalharam grandes jornalistas e intelectuais, como Rui Barbosa, Joaquim Nabuco, João Saldanha e Carlos Drummond de Andrade. Foi fotógrafo e editor de fotografia do jornal marcado pela credibilidade e inovação, um dos primeiros a dar destaque para a fotografia, inaugurando uma tendência que foi seguida pelos outros periódicos da época.

Jogos Pan-Americanos de Indianápolis, EUA, 1987
No JB, Teixeira vivenciou e teve que se adaptar às mudanças trazidas pela era digital. Enquanto que, em 1963, cobria os Jogos Pan-americanos em São Paulo e enviava os rolos de filmes por um comandante da Ponte-Aérea para o aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro; em 2007, transmitia as imagens dos Jogos Pan-americanos do Rio segundos depois de serem registradas, de dentro do próprio estádio, com um laptop e rede wireless.


Procissão dos Mortos nas ruínas da Igreja Velha de Canudos


Fora do Jornal do Brasil, a rotina do fotojornalista dá sinais de que continuará agitada, com o desenrolar de diversos projetos, pessoais e profissionais. Para o fim do mês de setembro, está previsto o lançamento de um livro do autor, encomendado pela ONG Visão Mundial, com fotos do Norte e Nordeste. E Evandro Teixeira já tem vasto material para outro, sobre moradias brasileiras. Em outubro, o fotógrafo dá início a um workshop de fotografia em Canudos.

Veja outras imagens de Evandro Teixeira aqui.

quarta-feira, junho 08, 2011

El Ángel Exterminador (1962) - Luis Buñuel

Salão do Artesanato começa nesta quinta em CG e deve receber 200 mil visitantes

Fonte: O Norte

O 14º Salão de Artesanato da Paraíba será realizado a partir desta quinta-feira, dia 9, em Campina Grande. O evento será realizado na Avenida Severino Cabral, no bairro do Catolé, até o próximo dia 26. A expectativa é que 200 mil pessoas visitem o salão.

O evento é uma realização do Governo do Estado através da Secretaria de Estado do Turismo e Desenvolvimento Econômico, através do Programa de Artesanato da Paraíba, com a parceira e o patrocínio do Sebrae e Banco do Brasil.

A realização do Salão do Artesanato coincide com a realização do Maior São João do Mundo. Sserão apresentadas as produções de 3,4 mil artesãos, somando mais de 5 mil produções, entre artesanato e gastronomia.

JP e mais 21 cidades recebem festival de cinema francês nesta semana


Fonte: Paraiba1

Três divas, de três gerações distintas da sétima arte, abrem nesta quarta-feira (7), em São Paulo, o Festival Varilux de Cinema Francês: a inesquecível ‘bela da tarde’, Catherine Deneuve; a ‘mulher diabólica’, Sandrine Bonnaire; e a eterna ‘Amélie Poulain’, Audrey Tautou.

As estrelas são as convidadas de um evento que tem agenda em 22 cidades brasileiras, entre elas João Pessoa, onde amanhã, no CinEspaço do Mag Shopping, haverá sessão para convidados do filme Potiche: Esposa Troféu (Potiche, França, 2010)

.Veja aqui a programação completa em João Pessoa

Aqui, porém, Deneuve só vai ser vista mesmo é nas telonas, onde protagoniza, ao lado de Gérard Depardieu, a mais recente produção do cineasta François Ozon.

O público em geral confere o filme na próxima sexta-feira, quando a programação oficial tem início a partir das 14h, com sessão de Potiche e dos filmes Loup: Uma Amizade Para Sempre (Loup, França, 2009), de Nicolas Vanier; Os Nomes do Amor (Le Nom des Gens, França, 2010), de Michel Leclerc; e Uma Doce Mentira (De Vrais Mensonges, França, 2010), de Pierre Salvadori).

A programação vai até 16 de junho, com mais seis exemplos da recente cinematografia francesa. Os ingressos para cada filme cumprem a tabela de valores do CinEspaço, custando de R$ 12,00 (valor de inteira da segunda à quarta-feira) a R$ 17,00 (valor de inteira da sexta-feira ao domingo). Na quinta-feira todo o público paga o valor de meia-entrada (R$ 7,00).

150 falas clássicas da história do cinema:

quinta-feira, junho 02, 2011

[Xilogravura] Márcio Pannunzio



Texto: Site do artista
As gravuras de Márcio Pannunzio estruturam-se em torno de cinco características fundamentais: o tamanho reduzido, a saturação de elementos, a figura grotesca, o sentido oculto e a situação emblemática.
O tamanho reduzido, unido à saturação de elementos, exige atenção redobrada, esforço perceptivo. Todas as gravuras do artista estão repletas de figuras distribuídas num pequeno espaço. O espectador é chamado, portanto, a exercitar uma forma de olhar diferente daquela em que a sociedade de consumo nos viciou: diferente do olhar que passa pelos outdoors da avenida, por cenas de televisão, pelos rostos e produtos do shopping.
E o que têm estas miniaturas atulhadas de elementos a oferecer àquele que, paciente, as investiga? Não, certamente, a beleza amenas das iluminuras. O que veremos, aqui, pelo contrário, serão rostos e corpos distorcidos, animalescos, feios. Os amantes estão envelhecidos, o homem poderoso tem focinho, cerdas, presas, bico de abutre, os elementos arquitetônicos recordam o cenário de um filme expressionista.
Ao observador que aceitou assumir uma postura contrária à sugerida pelo universo de consumo, a gravura de Márcio Pannunzio coerentemente oferece o contrário desse mesmo universo. Nada está posto, ali, para descansar os olhos. Entretanto, o grotesco presente nas gravuras de Pannunzio nada tem de gratuito. Não se trata de mera oposição a um certo cânone estético. Cada figura sua tem um sentido preciso, posto que oculto. Braços esqueléticos se entrelaçam, retorcidos como cipós, ocultando o gesto a um primeiro exame. Será preciso, então, perseguir o caminho desses braços, verificar a qual corpo está ligada cada uma das mãos, distinguir o corpo dele do corpo dela. Desembaraçar fios.
Após tudo isso, o que é dado ao olhar? Uma cena, um episódio, uma pose. É como se os monstros habitantes dessas gravuras tivessem sido flagrados no momento exato de um beijo, de um coito, de um assassinato. Ou, então, é como se eles mesmos tivessem interrompido por um momento suas atividades, vindo fazer uma pose para o gravurista de plantão.
Tanto a pose feita quanto a cena captada são sempre simbólicas, emblemáticas. Há sempre uma situação geral visada pela cena particular: a proximidade entre amor e morte, amantes que se destróem, sexo e poder, a escravização do outro. Depois, portanto, de aproximar-se do papel atulhado de figuras distorcidas, o observador deve, finalmente, interpretar a cena oferecida. Todo esse trabalho de decodificação será duplamente recompensado. Em primeiro lugar pela própria exatidão construtiva que possibilitou o trabalho interpretativo. O labirinto das formas sempre tem uma saída. Não há como experimentar a dificuldade de sair dele sem admirar a habilidade de quem o construiu. Em segundo lugar, somos recompensados pela força do sentido que emerge de cada emblema. Na maior parte dos casos, esta força vem de uma inversão brusca. O amor já não é mais sublime, mas trágico, corrosivo; o sexo não é mais prazer, mas dominação, expressão de poder; a mulata não está chacoalhando a bunda num programa de auditório, mas no meio de um lixão; o mendigo, cheio de feridas, se desmancha de prazer gozando na boca de um cão. Uma gravura, enfim, que definitivamente não se presta ao embelezamento de paredes, mas pode proporcionar, a quem se dispuser a vê-la, uma experiência única no contexto de uma vida tão submetida à padronização e ao imediatismo como é a nossa.


Por João Vergílio Gallerani Cuter

Orquestra homenageia paraibano durante concerto desta quinta


Fonte: Paraíba1 / Tiago Germano Do Jornal da Paraíba 
Eli-Eri Moura, um dos paraibanos mais talentosos e atuantes na área da composição, será o primeiro homenageado numa série especial de concertos da Orquestra Sinfônica da Paraíba (OSPB) que inclui em seu repertório peças escritas por compositores do estado.
A apresentação gratuita que ocorre nesta quinta-feira (2), às 21h, no Cine-Teatro Banguê, em João Pessoa, marca a estreia paraibana de ‘Armorialis’, concerto para viola, violoncelo e orquestra composto pelo campinense que foi executada pela primeira vez em 2007, na décima primeira edição do festival Virtuosi, em Recife (PE).
A peça foi feita em homenagem aos 80 anos de Ariano Suassuna, que em sua passagem por João Pessoa em abril, no Bancarte, elogiou o compositor por um outro trabalho: a ópera ‘Dulcineia e Trancoso’, que ganhou libreto de W. J. Solha e é, segundo Eli-Eri Moura, a primeira ópera armorial já produzida.
“Tenho profunda admiração por Ariano e pela sua defesa da cultura nordestina, algo que procuro impregnar em minha música”, afirma Eli-Eri, que foi um nome fundamental na implantação do Laboratório de Composição Musical (Compomus) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que atua em parceria com a OSPB nesta série de concertos que irá prestigiar compositores paraibanos ao longo da temporada.
 “Este projeto na verdade é fruto de um anterior, realizado com a Orquestra Sinfônica Jovem da Paraíba, que já estreou 30 peças de alunos da Compomus”, explica Eli-Eri. Fazendo justiça à iniciativa, a OSPB será regida, no concerto de hoje, pelo maestro Luiz Carlos Durier, titular da Orquestra Sinfônica Jovem.
Segundo Durier, o concerto será aberto por ‘Dança brasileira’, de Camargo Guarnieri (1907 – 1993) e seguido por ‘Armorialis’. Após o intervalo, será executada a ‘Suíte nº 1, Op. 43’, de Tchaikovsky (1840 – 1893). Sávio Santoro (viola) e Paulo Santoro (violoncelo), irmãos do Quarteto Santoro, são os solistas da noite, trazidos através da Fundação Espaço Cultural (Funesc) e a Coordenação de Extensão Cultural da UFPB.
De acordo com João Linhares, maestro titular da OSPB, o próximo concerto da orquestra será ainda este mês, no dia 16, e irá homenagear nomes do Blues, como Miles Davis e Bill Evans. Após o concerto temático, a OSPB terá um pequeno recesso e retorna na segunda quinzena de julho.

Músico Márcio Rocha participa do ‘Aqui tem Rock’


Fonte: WSCom
A primeira quinta-feira, 2, de maio do ‘Aqui tem Rock’ terá a participação do músico paulista Márcio Rocha, que traz a mistura de ritmos e linhas melódicas, até as mais diversas vertentes do rock’n’roll para o projeto. O show acontece a partir das 21h no Lá em Casa Lounge & Bar, com Rammon Felipe e Marcelo Vilar, organizadores do projeto.
“Sou suspeito para falar algo sobre Márcio Rocha, afinal para mim, ele é um dos melhores músicos de João Pessoa. Já dividimos o mesmo violão diversas vezes, mas agora será diferente, será oficial”, falou com entusiasmo Rammon Felipe.
O ‘Aqui tem Rock’ está acontecendo todas as quintas-feiras no Lá em Casa Lounge & Bar, localizado na Avenida Pombal (esquina com a Euzeli Fabrício de Souza), em Manaíra.

Informações

  • Local: Lá em Casa Lounge & Bar
  • Horário: 21h
  • Localização: Av. Pombal, nº1633 (esquina com a Av. Euzeli Fabricio de Souza) - João Pessoa - PB
  • Bairro: Manaíra
  • Preço: R$ 5
  • Contato: www.rammonfelipe.com

Miles Davis - O inquieto trompetista

Fonte: Blog da UEPB / Da Revista Soprametais
Em tom quase sempre protocolar, as efemérides ficaram meio banalizadas. Todo dia alguma “celebração” de nascimento ou morte ganha os holofotes. Mas nem sempre há o que dizer. E nem sempre o biografado tem força que valha o culto obrigatório. É uma armadilha alimentada pelo jornalismo cultural. A última quarta-feira [26], porém, foi um data que tem um peso diferente da produção rotineira. Quem faria aniversário é o jazzista Miles Davis. Falecido em 1991, aos 65 anos, ele ainda é uma figura influente, referência para muitos instrumentistas e músicos.
O apuramento técnico desenvolvido no trompete é só um dos predicados do norte-americano, que sempre soube se cercar de músicos de excelência. Entram nesta lista Red Garland, Herbie Hancock, Bill Evans, Wynton Kelly, Wayne Shorter, Cannonball Adderley, John Coltrane e Paul Chambers. Além da capacidade de soar sempre único, Miles compôs uma obra incrivelmente variada e atemporal. Foi do jazz tradicional ao mais alto grau de experimentação. Mesmo quando atuou por caminhos mais tortuosos, nunca deixou de criar polêmicas, angariar novos fãs, virar símbolo do que há de mais moderno.
Em sua carreira, gravou dezenas de álbuns, desbravou novas sonoridades, renovou linguagens, fez o jazz virar febre até entre os mais jovens. Hard bop, modal, free bob, jazz rock, fusion… não há como enquadrar uma produção tão camaleônica e genial. É bem provável que se estivesse vivo, estaria a explorar as variantes do nu jazz ou do dubstep.
Eleger o essencial na trajetória de Miles é quase uma heresia, mas três álbuns ajudam a definir a força e sofisticação de sua obra: Birth of Cool, de 1956, Kind of Blue, de 1959, e Bitches Brew, de 1970. O primeiro consolida a transição da fase bop para o cool jazz, quando o trompetista prova que é possível levar uma big band para climas intimistas e mais relaxados. O arranjador Gill Evans teve papel central nas três sessões que resultaram no disco.
O segundo é sua maior obra-prima. O jazz modal de Kind of Blue elevou o gênero para patamares só desfrutados por astros do rock ou do pop. O disco tem apenas cinco faixas, conduzidas com extremo brilhantismo pelo sexteto de Miles. Valsas, blues e baladas dão conta de um trabalho perfeito, inatingível.
Por fim, o terceiro: Bitches Brew. A fase elétrica de Miles, quem diria, também teria sua obra-prima. Com uma música sedutora, hipnótica e complexa, o instrumentista extrapola qualquer convenção em longas e caóticas peças. Wayne Shorter, Joe Zawinul e Chick Corea foram alguns dos jazzistas que participaram deste álbum revolucionário.
Miles Davis morreu em 28 de setembro de 1991. Mas difícil dizer que seu trompete tenha silenciado. É um caso de eterno culto, mesmo quando não há datas redondas para encaixar.