quarta-feira, abril 13, 2011

Espetáculo Diário de um Louco, entra em cartaz no Santa Roza nesta sexta-feira

Fonte: O Norte OnlinePor Angélica Nunes, especial para O Norte 
Depois de percorrer mais de 50 cidades por todo o país, o espetáculo teatral Diário de Um Louco está de volta a João Pessoa. O monólogo do Grupo de Teatro Lavoura, adaptado do conto do escritor russo Nikolai Gogol, fica em cartaz nos dias 15, 16 e 17 de abril, no Teatro Santa Roza, às 20h. Interpretado pelo ator André Morais, com direção dele e de Jorge Bwres, “Diário de Um Louco” expõe as desventuras de um homem comum que cria para si um trono e uma coroa na tentativa de superar a medíocre existência.
Há sete anos em atividade, a peça da companhia paraibana se apresenta pela terceira vez em João Pessoa. Sucesso de público e crítica por onde passa, o monólogo arrebatou os prêmios de Melhor Espetáculo, Melhor Ator e Melhor Música no Festival de Teatro de Guaramiranga, no Ceará, e no Festival Nacional de Teatro no Espírito Santo.
O monólogo foi encenado ainda, em 2007, no I Festival Nacional de Teatro de Salvador-BA (2007), na 9º Mostra Sesc Cariri de Crato (CE), no Festival Nacional de Teatro de Canela (RS), como espetáculo convidado, e no Projeto Balaio Teatral, Natal (RN), também como convidado. Em 2006, Diário de Um Louco foi visto em Fortaleza (CE), dentro do Projeto Ato Compacto - BNB.
Para o co-diretor do espetáculo, Jorge Bwres, o momento mais relevante, no entanto, foi a seleção para o projeto Palco Giratório 2009. "Por meio da promoção do Sesc Nacional realizamos uma média de 170 apresentações em várias cidades do país. Ficamos muito emocionados com o reconhecimento do nosso trabalho. Tivemos casa cheia em vários locais, chegando até que abrir nova sessão para o público que não conseguiu assistir", comentou.
Diário de Um Louco conta as desventuras de um funcionário apaixonado pela filha do chefe e que cria que para si um trono e uma coroa na tentativa de superar a medíocre existência. "Toda a peça é narrada por esse personagem, que em nossa montagem é anônimo", comentar o ator André Morais.
Com a decepção de ser visto ridiculamente por sua amada, ele embarca em uma realidade paralela e,a partir de uma nota de jornal, acredita ser o novo Rei da Espanha. Ele governa o país, manda e desmanda em seus súditos, acredita conquistar Sophie e ter assim o que tanto almeja. Só que em verdade, ele foi internado em um hospício, seus súditos são internos e ele sofre fortes torturas e humilhações. No fim, sua única saída é refugiar-se na loucura.
Jorge Bwres atribui o sucesso do espetáculo à delicadeza com que um tema tão polêmico, como distúrbios mentais e internações em manicômios, é abordado. "Sem levantar bandeiras contra a situação de muitos que sofrem de distúrbios mentais, a peça leva o público a não julgar as atitudes e comportamentos da personagem, mas, ao contrário, a embarcar com ele em seu universo", disse.

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