sábado, julho 25, 2009

Já disse uma vez nesse blog que não me lembro da última vez que comprei um CD. Adepto da campanha "Contra burguês, baixe mp3", faço da minha coleção de músicas virtuais um dos meus orgulhos, com mais de 6.600 mp3's.
Pois bem, mesmo com gravadores fechando sites com discografias inteiras, comunidades do orkut com uma organização de dar inveja a muitas lojas de CD's, com índices sistematizados e tudo o mais, mesmo reportagens veiculadas vez ou outra em telejornais de alguns adolescentes presos por compartilhar músicas, são poucos os materiais que não consigo encontrar na rede mundial.
Dentre esses, há dois que estou cansando de procurar e começando a pensar seriamente em comprar. O primeiro é da Happy Apple, uma banda de jazz norteamericana, que é um projeto paralelo do baterista da banda The Bad Plus, David King. O quarteto é sensacional, e o diferencial da Bad Plus é o metal, que eu particularmente adoro.
O outro é de um contrabaixista americano que vive no Brasil há mais de 40 anos, o Bruce Henri. Conheci agora no Programa do Jô. Bruce fez uma leitura de algumas obras de Heitor Villa-Lobos. Fenomenal. Já fui nas minhas fontes de mp3 e não encontrei nada, pelo menos ainda. Com o passar do tempo, dependendo da (in)disponibilidade de esse trabalho na internet, posso até parar para pensar em desembolsar algum dinheiro para comprar esse álbum. É um projeto para o futuro.
Para os que se interessaram, deixo alguns dados sobre Bruce Henri.



BIOGRAFIA

BRUCE HENRI, contrabaixista, cantor, e compositor nasceu em New York. Iniciou seus estudos musicais na Espanha. Estabelecido no Brasil desde os anos setenta, integrou os conjuntos de expressão vanguarda “Outcasts” e “Soma”, e tornou-se um dos músicos mais respeitados do Rio de Janeiro, tocando com os artistas Tom Jobim, Herbie Hancock, Harvie Mason, Gal Costa, Caetano Veloso, Fagner, Naná Vasconcelos, o grupo Uakti e muitos outros. Já viajou pelo Brasil, Europa, e Japão como músico de Leila Pinheiro, Quarteto em Cy, Ney Matogrosso, Gilberto Gil, e com Fafá de Belém. Apresentou seu próprio trabalho nos festivais de Jazz de Montreux, Avignon, Zurich, Lausanne, além de Nova Iorque, Buenos Aires, Lisboa, e capitais do Brasil, deixando entrevistas em programas de televisão, (quatro vezes no Jô Soares, Hebe Camargo, Gema Brasil, TV Cultura, Leda Nagle etc...)..

Músico requisitado por atrações de dança, já se apresentou junto com importantes artistas como Carlinhos de Jesus, Steven Harper, Jimmy Slyde, Brenda Buffalino e o American Tap Orchestra, Van “The Man” Porter, e Backaari Wilder. BRUCE HENRI produziu e dirigiu o espetáculo flip, flop & fly!, um espetáculo mix-midia embalado por um amplo leque de meios de expressão cênica incluindo balé, sapateado, música, acrobacia, rap, e poesia. Fez estréia no Teatro Municipal de Niterói em 2003 para depois lotar o Teatro do Jóquei, e se apresentar no programa do Jô Soares, além do circuito de festivais de dança.

Chamado de "símbolo do jazz" por um entusiasmado crítico, Bruce Henri conseguiu, contudo moldar sua formação eclética num estilo próprio lançando três CDs: "BRUCE HENRY", "EQUATORIAL BLUES" e "BÚZIOS LIVE". Um quarto CD “MAILBAG BLUES” foi lançado na Inglaterra em Novembro 2004, e aclamado com incomum entusiasmo pelos críticos Europeus.

Além de seu grupo com o qual se apresenta regularmente no Rio de Janeiro, BRUCE HENRI atua com o sapateador Steven Harper. Em duo eles encenam o espetáculo Um Baixo no Sapateiro, que desde sua formação há dez anos em 1997, já foi apresentado em todo o Brasil, Argentina, festivais de dança e de Jazz em Nova Iorque, e na Suíça, alem de várias vezes na Holanda e na França, programas de televisão e radio etc.

SOBRE A OBRA

BRUCE HENRI, contrabaixista, cantor, arranjador, e compositor, nasceu em Nova York, EUA, "antes da MTV e da TV em cores". Criado na Espanha onde, muito jovem, iniciou carreira de músico profissional, estabelecido no Rio de Janeiro desde os anos setenta, Bruce já morou na Bahia, Londres, Búzios, e São Francisco, mas é carioca. Durante anos trabalhou com Gil, Gal e outros baianos, Ney Matogrosso, Fafá de Belém, e Fagner (do Ceará), mas é carioca. É pontual nos compromissos, e respeita sinal fechado, mas é carioca. Chamado para participar de um tributo a Tom Jobim, junto com Herbie Hancock e outros músicos estrangeiros de renome internacional, o mestre da Bossa Nova, sabendo ser o contrabaixista também estrangeiro, virou-se para ele depois da primeira música para elogiar: "Mas você é brasileiro!", ao que Bruce prontamente respondeu: "Mestre, eu sou carioca"...

Os trabalhos autorais de BRUCE HENRI estão registrados desde a época do LP, e foram lançados 4 aclamados CDs, cada um com sua edição limitada esgotada antes dele descontinuar a distribuição "para não virar rotina", afinal de contas ele é carioca. Desde então, o inquieto artista tem criado, dirigido e participado de uma série de apresentações ecléticas, abraçando um amplo leque de meios de expressão cênica que inclui música, dança, sapateado, rap, e poesia, em contexto teatral, apresentados nos festivais de Jazz de Montreux, Avignon, Zurich, Amsterdam, Lausanne, Londres (St Martin in the Fields), além de New York, Buenos Aires, Lisboa e várias capitais do Brasil, deixando pelo caminho um rastro de entrevistas nos principais programas de televisão e rádio.

Passada mais de uma década sem gravar um disco próprio, período durante o qual tem se consagrado como produtor de espetáculos e diretor musical, BRUCE HENRI agora apresenta VILLA'S VOZ, uma homenagem contemporânea à imortalidade da obra de Heitor Villa-Lobos, permeada por inovadoras divagações harmônicas, pela rica rítmica brasileira, e por improvisos dos talentosos músicos que participaram das sessões. Além do CD, lançado em 2009 pela Delira Música, no palco VILLA'S VOZ é um recital multimídia, no qual os músicos interagem com um video-cenário de imagens e vídeo-dança, contando com a participação de veejays e solistas convidados. O resultado é um erudito jazzístico, lírico e elegante, digno do Maestro Villa-Lobos

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