domingo, fevereiro 11, 2007

Já tentei fazer parte do movimento estudantil formal. Me candidatei para o comitê jurídico de uma chapa, muita coragem pra um então estudante do primeiro período, incompleto. Acho que eu ficaria a gestão toda rezando pra ninguém da chapa se meter em problema e assim me meter em outro.
Mas me candidatei porque queria fazer alguma coisa pelo meu Campus. Entrei em uma chapa para o Diretório Central dos Estudantes, doravante DCE, majoritariamente do meu Campus.
Acho que exceto eu, todo mundo era socialista. Conheci muita gente boa, realmente interessada em ajudar os estudantes.
Assistindo a um programa de TV que se auto-denomina "inteligente", ví uma deputada que me lembrou a época da eleição do DCE. Ex-presidente da UJS, do PC do B, acredita na UNE, esse pessoal sinistro, falando de que tantos por cento estão na universidade, tantos não estão, que outros tantos mil fazem isso, e não sei o que, não sei o que lá. Aí percebí que muita gente entra no movimento estudantil pra só falar números, ou seja, movimento vazio. Querem transformar o ME em palanque ou em uma espécie de pré-guerrilha para a Revolução.
Não agüento entrar na sala compartilhada da xerox e dos CA's da universidade: fotos de Che Guevara, bandeiras de Cuba, jornais socialistas, frases como Viva a revolução, as vezes vejo o próprio Che tirando umas xerox's por lá. Nada contra os socialistas, mas, pelo amor de deus, com isso acaba-se esquecendo o verdadeiro sentido do ME. Todo mundo, quando se fala em Movimento estudantil, puxa pela memória uma passeata do PSTU.
Vou entrar em contato com a diretoria do DCE eleito para dar a idéia de se incluir no estatuto uma cláusula que proibisse alusão a partidos ou movimentos políticos no ME. Quem sabe assim param de falar números e fazem alguma coisa.

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